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lunes, 22 de octubre de 2012

Cinco dicas para você não perder a confiança na sua capacidades de amamentar durante as crises de crescimento

Sabemos que ao longo do aleitamento materno acontecem constantes mudanças tanto na demanda do bebê quanto na produção de leite da mãe. Se levamos a serio a livre demanda, mas livre demanda de verdade, estas mudanças não tem por que prejudicar a nossa amamentação, senão pelo contrário, son sinais de que ela está funcionando perfeitamente bem.

Por volta dos três meses do bebê acontece, eu diria, a mais importante ou asustadora crise de crescimento ou de amamentação. Um ótimo momento para testar qual é o grau de confiança que temos na nossa capacidade de amamentar. Aí vão 5 dicas para você reconhecer os sinais e, se não o estava fazendo, voltar a CONFIAR em você.

1. Que o seu peito agora esteja "murcho" sendo que antes parecia uma melancia madura, não quer dizer que você agora já não tenha leite. Nem sequer indica que tenha "menos leite". Significa, apenas, que por motivos hormonais esse hinchaço inicial da amamentação já passou, e também que a produção se adequou melhor à demanda do seu filho. Confie!

2. Que o seu bebê demore menos da metade do que antes ficava pendurado na teta em cada mamada não quer dizer que agora você tenha menos da metade de leite, senão que ele já tem mais do dobro de força e técnica para extrair o seu leite. Confie.

3. Que os discos absorventes ou concha para o leite que jorra do seu peito já sejam coisa do passado  porque você não suja mais sutiãs ou camisetas não quer dizer que já não tenha leite dentro. Quer dizer, simplesmente, que ele já não jorra mais. De novo é uma questão de adequação. Algumas mães nunca jorraram, outras param de fazê-lo em poucos meses e outras demoram mais de um ano! Mas nada a ver com a quantidade de leite dentro da mama. Confie.

4. Que o seu bebê demande mamar a cada 10 minutos (por exemplo) não quer dizer que você já não tenha leite e ele esteja com fome. É um indicativo de que ele está te estimulando com maior frequencia para lograr uma maior produção, porque ele está crescendo e precisa de mais. Em poucos dias vai se estabilizar. Se você da uma mamadeira de leite de fórmula achando que era fome, e pensa que "estava certa" vendo como ele se acalmou na hora, irão ser um monte de sugadas na mamadeira que ele vai deixar de estimular no seu peito, lhe impedindo de receber a mensagem de qual é o aumento de produção de leite que o seu bebê está demandando. Daí entra num círculo vicioso de "não estimulação" - "não produção" do qual não vai sair sem confiança no seu corpo e na sua capacidade de amamentar. Mas pode sair. Confie.

5. Que o seu filho viva agora brigando com o peito, puxando o bico, te mordendo e se mostrando irritado quando trata de mamar não indica que você não tenha leite. É mais um sinal do ponto explicado anteriormente. Se até agora ele conseguiu estimular adequadamente para conseguir o leite necessário, basta você continuar confiando nele e apostando pela livre demanda para a coisa continuar funcionando bem como até agora. Confie!

Está fantando algum sinal? Perguntem que respondo!

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E vamos lá adicionando outros pontos mencionados por leitoras:

6. Que o seu filho "ainda" não durma a noite toda e acorde várias vezes (inclusive mais do que antes!) querendo mamar não quer dizer que o seu leite não o satisfaga o suficiente. O seu filho, com certeza, ainda está desenvolvendo os ritmos circadianos, o que geralmente demora vários anos em terminar de acontecer, mesmo tendo alguns bebês que dormem a noite toda, seja por desenvolvimento rápido ou por resignação ante a falta de atenção dos pais.

7. Que ele "esteja engordando menos" não indica que o seu leite já não lhe alimente, senão que as curvas de crescimento são isso, curvas, e não retas (como o Carlos González bem explica) e que o seu filho, por sorte, não vai continuar engordando ao mesmo ritmo eternamente. Os percentis também não são algo fixo.

Elena de Regoyos
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