Nó canguru com wrap elástico de MaMeMi, algodão + elastano |
Bom não quero saber quem é que me quer mal (prefiro, para que malgastar energias), mas quis saber qual a causa do "problema": E a causa é, parece ser, a amarração canguru feita com wrap elástico.
Vamos ponto por ponto.
Nó canguru com wrap elástico de MaMeMi, algodão + elastano |
Como fazer o nó canguru:
Partindo daí temos as seguintes limitações para o wrap elástico com esta amarração:
1. Ele geralmente é mais estreito que o wrap de sarja cruzada (não entro a falar dos wraps de malha de algodão, os produzidos no 98% das vezes aqui no Brasil, que se deformam com o uso e não dão boa sustentação), portanto só sobrará tecido em baixo para fazermos uma bolsinha de qualidade com bebês menores. Um bebê maior já não permitirá que sobre tecido embaixo para fazermos um bom asento. Quando sabemos quando o bebê já é grande para isso? Facil: quando não dê para fazer essa bolsinha bem feita, com o tecido entrando bem entre o corpo do bebê e o do portador.
2. Por ser elástico, quando tensionamos muito essa bolsinha-assento pode sair de entre o corpo do bebê e o do portador. É um risco não dos wraps elásticos, senão de um usuario pouco cuidadoso de wrap elástico. Devemos tensionar suficientemente como para os joelhos do bebê ficarem bem levantados, mas não tanto como para acabar desencapsulando o bebê. Desencapsular: desempacotar, desfazer o asento de tecido no qual ele está bem apoiado.
Então... podemos fazer um nó canguru com um wrap elástico? Definitivamente SIM. O nó canguru é o mais fisiológico para mãe e bebê, não precisamos/devemos renunciar a ele.
O que podemos fazer para que dê certo um nó canguru com um wrap elástico?
Ver video demonstrativo das limitações e de como resolvê-las:
https://www.youtube.com/watch?v=dMSmt0bAxpQ
1. Usá-lo apenas com bebês cujo tamanho permitam fazer uma boa bolsinha-assento. Bebês menores. O wrap elástico, de qualquer jeito, não é indicado para bebês grandes pois já não daria o suporte adequado.
2. Tensionar com cuidado para não desencapsular o bebê (já explicado lá encima).
3. Terminar a amarração de forma que nos dê mais segurança:
Opção 1: Em lugar de terminar a amarração com dois nós sob o bumbum do bebê, podemos dar mais segurança cruzando sob o bumbum dele da mesma forma em que cruzamos na cruz envolvente. Esse "X" já vai impedir o bebê cair por baixo.
Opção 2: Aproveitando que o wrap elástico geralmente é comprido, e que para o nó canguru precisamos realmente de pouco tecido (com um wrap de 3,20m já teriamos suficiente e os elásticos geralmente medem perto dos 4,50m ou 5m) podemos fazer com esse tecido que nos sobra um "nó canguru reforçado" (explicado no vídeo).
O babywearing, um arte VIVO
Dito isto, quero deixar aqui minha opinião de que no babywearing, igual que em qualquer outro ámbito, não tem nada decidido e fechado, que não possa ser modificado. Temos, sim, umas normas de segurança básicas e umas recomendações de uso adequado, todo isso baseado nas evidências que até hoje conhecemos. Sabemos como é adequado carregar um bebê, como não devemos fazê-lo (a pesar de termos produtoras, vendedoras e assessoras que explicam algumas dessas formas erradas ainda por todo o Brasil).
Normas de segurança e uso adequado de qualquer porta bebê:
Sempre que respeitemos essas normas de segurança e de bom babywearing, todo vale. Todo? TODO, sim, desde que respeitemos as normas de segurança e de carregar de forma adequada para o desenvolvimento fisiológico, emocional e neurolôgico do bebê, e também o relativo à nossa saude, a do adulto que carrega.
Podemos ainda, sim, inventar amarrações novas. Podemos e devemos fazê-lo! É divertido, é instrutivo, é prático... O proprio nó canguru é um invento de uma pessoa! Ele existe faz uns 10 anos apenas. Então, peguemos nosso wrap, ou nosso rebozo, ou nosso sling e testemos, experimentemos. Amarremos de forma diferente no final, usemos a argola de outra forma, passemos o tecido por cima do ombro em lugar de por baixo dele... Existem inúmeras amarrações já inventadas, e inúmeras terminações de amarrações. Todas elas inventadas por pessoas que fizeram isso: pegaram seu porta bebê e brincaram com ele, testaram, inovaram. E conseguiram fazer coisas bem mais práticas do que já existia, ou bem mais estéticas, ou bem mais aptas para pessoas com dificudades para fazê-lo "daquela outra forma".
O babywearing não é algo pronto e fechado. É vivo. Todas nós podemos adicionar novas opções, desde que respeitemos a posição fisiolôgica do bebê e a nossa propria saude.
Mais artigos sobre babywearing clicando aqui.
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Elena de Regoyos para MaMeMi
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