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jueves, 13 de junio de 2013

De babywearing, amamentação e outros ítens do attachment parenting em caso de doença

Amamentar, dormir grudadinhos, dar colo... Estes e outros ítens do attachment parenting são sempre gostosos e beneficiosos para os nossos filhotes. Mas quando eles ficam doentes, aí sim, sem dúvida alguma, o attanchment parenting ajuda à criança se sentir bem melhor e se recuperar antes... Facilitando, inclusive, a nossa vida!

De tarde, ela começou dar sinais de que algo não estava bem. Queria colo e mais colo, sendo que ela já anda e gosta de ficar geralmente mais livre pela casa. Como era quase permanente a demanda de colo, peguei um sling para carregá-la, e assim não ficar só no braço, me cansando e até doendo a coluna.
 
Escolhi o wrap porque é o portabebê que mais aconchegada deixa ela, por se adaptar perfeitamente a cada centímetro do seu corpinho, abraçando-a (nos) gostoso. Ela topou na hora, adorou a idéia e ficou bem apoiadinha em mim, se nutrindo do contato com a minha pele e a minha proximidade.



 
Passou a noite febril, na cama comigo, mamando quase a toda hora.
No leite materno tem imunoglobulinas, que a ajudam a se defender dos virus que a estivessem atacando. Por isso a demanda dela aumentou.
 
Por outro lado, o aconchego do contato da mãe pertinho, cuidando de você e te acalentando, é muito necessário e reconfortante quando estamos doentes, inclusive adultos, com o marido, por exemplo, não é?

 
A manhã seguinte a passamos da mesma forma, aconchegadas, grudadinhas, nos sentindo, abraçadas pelo wrap. Ela se deixava carregar, era exatamente do que precisava. O sistema imune fica fortalecido quando estamos calmos e nos sentindo protegidos. Em cambio, sob uma situação de stress, o sistema imune se debilita.
 
 
Chegou a hora de preparar almoço, pois os meninos iam chegar da escola, e nesse estado de fraqueza ela não tolerava estar senão no colo. O wrap, assim como a maioria de portabebês (sling de argolas, mei tai, canguru ergonômico...), oferecem a possibilidade de carregarmos o filho nas costas, o que é mais adequado para cozinhar, pois assim temos boa visão do que estamos fazendo (cortar legumes, temperar, etc) e sem perigo da criança se queimar com oleo espirrando, por exemplo.
 
Continua em contato, sentindo o nosso corpo, o nosso embalo-movimento, ouvindo a nossa voz... ao mesmo tempo que nos permite continuar com os afazeres iprescindíveis (os outros ficam relegados para um dia de menos demanda da filhota!).
 


 
Ela, com febre, não estava querendo comer práticamente nada. Sorte que o meu leite é garantido pois ela nunca rejeita, e estando doente até demanda bastante mais (minha produção começou bombar!). Dessa forma eu sei que ela está alimentada, hidratada e até sendo imunizada a travês dele. Sempre é um alívio.
 
Depois do nosso almoço, no conforto e a segurança do colo do pai, ela adormeceu de novo. O contato com outro corpo ajuda a se termoregular (manter a temperatura adequada), e em caso de febre isso sempre é beneficioso. Por isso a cama compartilhada, nestes casos, tem mais sentido ainda.
 
 
Para ir no centro médico, à tarde, eu escolhi o mei tai. Ele é quase tão aconchegante quanto um wrap, só que mais rápido e prático na hora de colocar e tirar, o que me ajudou para sair do carro (com mais dois filhos), entrar no prédio com as mãos livres para levar a bolsa, pegar a senha, esperar o nosso turno jogando o jogo da velha com os meninos...
 
Tudo isso sem deixar de lhe dar a minha filha aquilo do que mais estava precisando: o meu calor, o meu contato, a minha proximidade, a minha segurança e até o meu peito. Ela estava abraçada, protegida daquele ambiente que nunca é o mais agradavel nem apropriado para uma criança (doente menos ainda), e dormiu até a nossa vez de ser atendidas.
 
As provas que da para fazer com eles no colo, sempre é preferivel fazê-las assim, pois eles estão vulneraveis, sensíveis, delicados, e se sentem mais seguros em contato com a mamãe. Se sentindo seguros no colo, ou em contato com a gente, o médico consegue fazer muitas coisas das que precisa para ver o que a criança tem. Pois mesmo agindo no maior mimo (alguns, escolhidos a dedo, por desgraça não todos), ele não deixa de ser alguém geralmente estranho que "invade" o seu corpo com aparelhos, mãos e olhares, e pode ser estressante para a criança.
 
 
Se o contato físico (dia e noite), a empatia e o leite materno -assim como o que a amamentação implica de carinho, aconchego e segurança- são sempre bons e beneficiosos para os nossos filhos, com certeza quando eles estão doentes isso se torna algo quase imprescindível.
 
Elena de Regoyos para MamaÉ
Proibida a reprodução sem autorização

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