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miércoles, 20 de abril de 2016

Dicas para levar o bebê para as costas

-Treine primeiro amarrações de frente e laterais para se familiarizar com seu wrap, os ajustes e tensões e como ele se comporta.

-Certifique-se de que entende como é a posição fisiológica de cócoras do bebê, e de como fazer para garantí-la quando ele está no seu colo: coluna em C, pernas em M, quadril basculado para a frente e pano fazendo um bom assento profundo, saindo por trás dos joelhos do bebê. Tenho vários vídeos explicando isso.

-Pratique a manobra de levá-lo para as costas com ajuda de alguém que, sem interferir a priori, te transmita segurança caso você precise de ajuda.

-Pode treinar ajoelhada e/ou sobre uma superfície macia como um tapete eva ou colchonete.

-Um espelho para você poder manter contato visual com seu bebê quando está nas costas ajuda e muito, transmitindo segurança tanto a você quando ao bebê.

-Tenha certeza do bom estado do seu wrap, e escolha de preferência tecidos planos (não malhas) que dão mais firmeza, com pelo menos 60-70cm, para poder garantir um bom assento profundo (e o bebê não cair por baixo uma vez instalado.

-De preferência, espere o bebê ter, pelo menos, controle cervical (segura a cabeça sozinho).

-Em caso de dúvida, consulte uma assessora certificada.

Veja o vídeo completo em: 



Mais vídeos em www.mamaememima.com

Sobre a posição fisiolôgica:



Outros vídeos de costas:










sábado, 16 de abril de 2016

Mamadeira, pele a pele e babywearing


Por Elena de Regoyos, consultora de amamentação e babywearing, formadora Bebê no Pano e doula pós parto; para MamaÉmemima.
Gigi de 40 dias tomando mamadeira no sling

Muitas mães não conseguem ou não querem amamentar no peito, por diversos motivos, que não cabe ao resto da sociedade julgar. Em muitos casos, certamente, acontece falta de informação, de apoio e de incentivo, inclusive por parte de quem mais deveriam chegar esses aspectos: pediatras e outros profissionais da saúde, assim como os familiares e amigos mais próximos.

Por sorte, cada vez existem mais grupos de apoio presenciais e virtuais (indico o GVA – Grupo Virtual de Amamentação, no facebook), doulas pós parto e consultoras de amamentação formadas, suprindo esta carência social.

O fato é que qualquer mãe quer dar o melhor ao seu bebê. Quando uma mãe está alimentando seu bebê com mamadeira, seja pela causa que fôr, ela tem como fazê-lo da forma mais similar possível ao que seria amamentar diretamente no peito, que seria o ideal nutritiva, biológica e emocionalmente falando.

Como a psiquiatra espanhola, ativista pelos direitos dos bebês e seus pais, fundadora de Apoio Cesáreas e da Associação El Parto de Nuestro, Ibone Olza, afirma, no artigo "Dar biberón como si fiera el pecho":

“Quando um bebê mama no peito, além de leite recebe um abraço prolongado, ele é segurado nos braços muito perto do rosto da mãe, consegue ouvir o coração dela e escutar as conversas que ela tem, seja com ele ou com outros adultos. Todo esse contato pele a pele e essa interação tão próxima supõe um estímulo muito poderoso para o cérebro do bebê. Além do leite que recebe, os neurônios da pele dele são estimulados, enviando sinais ao cérebro que contribuem a liberar ainda mais ocitocina e outras substancias relaxantes. E é por isso todo que em cada mamada, os bebês sentem amor e prazer".

Temos como oferecer algo próximo disso, quando damos a mamadeira como se fosse o peito:

Amarração Amanda`s Hip Carry, para gêmeos
-Sempre pegando no colo o bebê ou criança para mamar. Mesmo que ela sozinha já consiga segurar a mamadeira. Peito, além de alimento físico, é alimento emocional, é contato, é abraço, é troca de olhares, é pele na pele, caricias, batimentos cardíacos, temperatura do corpo, cheiro de mãe. Os bebês ou crianças que, mesmo grandinhos, ainda mamam no peito, nunca perdem esse abraço, esse contato próximo,

quando mamam. Eles não podem pegar o peito da mãe e deitar no sofá para tomar o leite sozinhos com ele na mão. Precisam da mãe junto, colada a esse peito. Os bebês ou crianças de mamadeira, merecem também não perder, além do leite materno, esse contato tão rico, em cada mamada.

-Trocando de lado. Segurando o bebê a cada mamada com um braço, uma vez do lado esquerdo, e a seguinte no direito, para que ele possa olhar para a mãe cada vez de um lado, o que resulta fundamental para o desenvolvimento do cérebro dele.

Posição de amamentar, no sling de argolas
-Sob demanda. Sim, sem horários, assim como o peito. Sem deixar o bebê passando fome “porque não chegou a hora”, e nem forçando a terminar a mamadeira que preparamos, e que não queremos jogar fora. Aleitamento é sempre sob demanda, seja éste materno ou artificial. Quando o bebê pede (não precisa chorar, senão que atenderemos os primeiros sinais de fome), deve poder mamar, e quando se mostra satisfeito, não precisamos mais insistir.

Como o babywearing pode ajudar nisso?

Os porta-bebês são uma das ferramentas básicas para potencializar o contato com nosso bebê. Eles permitem carregar o bebê praticamente o dia inteiro deixando nossas mãos livres, sem limitar-nos nas outras atividades do nosso dia a dia. Esse contato é fundamental para o bebê em pleno processo de exterogestação. O contato é básico nesse momento. É alimento, tanto quanto o leite.

Afortunadamente, o fato de não amamentar o bebê no peito, não nos priva necessariamente de muitas outras formas de vínculo maravilhosas. O babywearing é uma delas.

Posição de berço, que também serve para dar mamadeira
Podemos amamentar no sling, e podemos, também, dar a mamadeira no sling, criando uma experiência nutricional, de corpo e alma, muito mais profunda.

Para dar a mamadeira no porta bebê, indico a posição de berço, com o bebê semi-deitado, as costas dele nunca na horizontal, senão em diagonal. Podemos conseguir esta posição tanto com o wrap quanto com o sling de argolas ou rebozo. Lembrando-se que o ideal é que o bebê fique com os joelhinhos mais altos que o bumbum, as canelinhas fora do tecido (para o peso cair no bumbum), e a cabeça fora do sling, segurada pela mãe, para ele se retirar a vontade quando não quiser mais.

Pode ver os seguintes vídeos explicando a posição de berço ou amamentar, que serviria também para oferecer uma mamadeira, no caso, com o bebê não tão virado para a gente:













Distinto uso do cinto da mochila e do mei tai

NA MOCHILA colocamos o cinto virado "para baixo", porque ele é estruturado, e o bebê irá sentar no painel da mochila, conseguindo um assento profundo, pois o cinto aguenta o peso sem deformar.


NO MEI TAI colocamos o cinto virado "para cima", pois ele irá fazer o assento como o fazemos nos wraps ou slings: com o próprio tecido entre o bebê e o nosso fazendo um bolso. O fato do cinto do mei tai não ser estruturado faz com que, se colocado da mesma forma que o cinto de uma mochila, o peso do bebê o deforme, dificultando a formação de um assento profundo, ou incomodando ao formar este.

Por Elena de Regoyos, assessora de babywearing em MamaÉmemima e formadora Bebê no Pano.
Mais info, vídeos e porta bebês de qualidade emwww.mamaememima.com.