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viernes, 2 de diciembre de 2011

Seio empedrado… Obstrução, ingurgitação ou mastite?


Quem já amamentou ou amamenta pode ter se encontrado facilmente com um destes três problemas, ou até com mais de um deles. É algo que pode acontecer, que gera não poucos incômodos (em maior ou menor medida dependendo do grau e do que se trate) e que pode virar algo grave se não tomamos as medidas oportunas.

É por isso que eu gostaria de fazer um breve repasso das diferencias entre estes problemas da amamentação e as causas, características e tratamentos de cada um deles, para cada mãe ter a capacidade de diferenciá-los e possa agir em conseqüência.

Espero que sirva para esclarecer estes conceitos. Em caso de qualquer dúvida ao respeito, podem ligar ou escrever para mim ou para qualquer outra/o consultor(a) de amamentação no qual vocês confiem.

OBSTRUÇÃO MAMÁRIA

Trata-se da obstrução de algum conduto mamário. Apresenta-se como um bulto duro e dolorido em alguma área localizada da mama. Não é o seio inteiro duro e dolorido. O mais habitual é que isso aconteça na área mais perto da axila, por ser a área onde o bebê esvazia pior o seio (sempre se esvazia mais a parte da mama onde fica a mandíbula inferior dele).

Posição "invertida"
Pode aparecer algo de febre, não superior de 38,5ºC. No caso da febre ser maior e o bulto estar quente e vermelho já estaríamos falando de mastite, e não de obstrução.

As causas da obstrução podem ser muitas, desde uma falta de drenagem do seio em áreas onde o bebê não esvazia bem o peito, até uma mudança nos hábitos das mamadas, como começar mamar menos vezes depois de uma época de muitas mamadas (às vezes acontece quando eles começam com a alimentação complementar, suprimindo mamadas em lugar de complementando-as).

O tratamento seria: calor úmido na mama antes de cada massagem para drená-la, e depois pôr o bebê para mamar, preferivelmente colocando-o de tal forma que a mandíbula inferior dele fique na área afetada. Se esta é a parte de mama próxima à axila, colocaríamos o bebê na posição invertida (em lugar de ventre com ventre, seria ventre –dele- com costelas –nossas-, sentadas em um sofá e com o bebê apoiado em um travesseiro do lado do corpo onde esteja a mama afetada). A forma de massagear a mama seria com movimentos circulares pequenos, sempre desde a área externa da mama em direção ao mamilo. Podemos fazê-lo com os dedos ou com uma escova de dente limpa ou uma escova de cabelo de bebês.

Geralmente, após um dia ou dois com o bebê mamando na posição adequada à obstrução, e seguindo estas recomendações, esta acaba desaparecendo.

INGURGITAÇÃO

Trata-se de uma inflamação geral do peito (não de áreas localizadas), muito freqüente nos primeiros dias-semanas após o parto. Na primeira descida do leite (dos primeiros dias), como o nosso corpo não sabe quanto leite deve produzir para nutrir ao bebê recém nascido, a nossa natureza (que é sábia) produz mais leite do necessário para garantir uma nutrição mínima e depois já se adaptar à demanda exata do bebê, segundo o quanto ele mame (se mama muito produzira muito, se mama menos, produzirá menos, e assim sempre em consonância com as necessidades do bebê em cada momento).

Em essa primeira descida do leite, ao produzir muito, o leite fica retido nos condutos, o que leva a uma inflamação dos tecidos da mama e o peito fica inchado, duro e quente. Isso é uma ingurgitação.

Não acontece apenas nos primeiros dias, mas é quando é mais comum, Porém, pode acontecer em qualquer momento da nossa vida de nutrizes, independentemente do tempo que levemos lactando aos nossos filhos (dias, meses e inclusive anos).

O melhor tratamento é pôr o bebê para mamar. Se a mama fica muito dura e esta difícil para o bebê pegar o peito (como uma bexiga muito inchada, dura, que escorrega na boquinha do bebê), é recomendável aplicar calor úmido antes da mamada (uma toalha ou pano molhados em água quente serve, e senão um banho quente) para dilatar os condutos e assim facilitar a saída do leite, massagear o seio com movimentos circulares e sempre em direção ao mamilo (dividindo o seio em porções como de pizza, iríamos massageando as diferentes porções) e fazer uma leve ordenha até o seio ficar algo mais molinho para o bebê poder pegar em ele, pois às vezes estão tão grande e duro que a sua boca escorrega por ele impedindo fazer uma pega correta.

Depois, entre mamada e mamada, ajuda colocar algo frio para diminuir a inflamação. Serve uma sacolinha de legumes congelados (dentro de um pano, nunca em contato direto com a nossa pele), ou até uma folha de couve bem limpa e fria da geladeira. Corta um círculo para o mamilo "sair" por ele, e coloca a folha de couve fria dentro do sutiã. Têm pessoas que descrevem um grande alívio.

MASTITE

Basicamente é uma complicação de algum dos problemas descritos anteriormente, principalmente da obstrução. O principal indicativo é a aparição de febre, e geralmente esta febre é alta e pode aparecer junto com tremedeiras e alta sensação de debilidade. Vêm também junto com dor corporal muito similar à de uma gripe, até o ponto de resultar comum a gente confundir uma mastite com uma gripe por estes sintomas (febre, mal estar e dor geral no corpo), mas teríamos o sintoma adicional de dor ou alta sensibilidade na(s) mama(s), e ausência de tosse.

A mastite se produz quando há uma retenção do leite no seio: se pulamos uma das mamadas, quando a produção é maior da que o bebê consegue dar conta (por ter mamado mais nos dias prévios estimulando um aumento de produção, por exemplo, que depois já não necessitava mais), quando estamos usando um sutiã pequeno e apertado que comprime uma parte da mama ou se o nosso bebê suga (estimula o peito), mas não consegue mamar adequadamente, e por tanto ele não esvazia adequadamente os condutos.

Não é sempre necessário tratar a mastite com antibióticos. Se é detectada precocemente é comum a gente conseguir controlá-la antes de que chegue a derivar em uma infecção.

Massagem da mama
O tratamento consistiria em DESCANSO (fundamental) e drenagem da mama afetada. Para isso o melhor é o bebê sugando, mas se ele não quer mamar ou não é possível em esse momento, teremos que tirar o leite manualmente ou com bombinha, procurando manter a mama “mole”. Se for só em um seio o problema, é fundamental não nos esquecermos do outro, pois às vezes ficamos tentando que o bebê mame do que esta duro e dolorido para sará-lo, e com isso provocamos que o outro acabe igual. Então não deixemos que nenhum seio fique duro e inflamado. Se o bebê não da conta dos dois, façamos ordenha no outro, apenas o suficiente para aliviar o inchaço, mas nem tanto como para estimular mais ainda a produção.

Da mesma forma descrita na ingurgitação, podemos nos beneficiar do frio e do quente aplicados tal e como foi descrito anteriormente: calor úmido antes das mamadas ou da ordenha, e frio entre mamadas para diminuir a inflamação.

Também poderíamos tomar um analgésico ou antiinflamatório compatível com a amamentação (paracetamol ou ibuprofeno, por exemplo), o que alivia a dor, melhora a febre e desinflama a mama liberando os condutos. Mas lembremos que isso não sara, simplesmente alivia os sintomas. O que sara é descanso e drenagem do seio, e antibiótico (sempre receitado pelo médico) no caso de chegar a ter infecção.

Não só você pode continuar amamentando, senão que DEBE fazê-lo. Mesmo tendo febre muito alta, NUNCA deve se optar por um desmame durante uma mastite. Não há perigo do bebê “se infeccionar” a través do leite. Porém, às vezes acontece que o bebê rejeite esse leite por ficar algo salgado devido ao aumento de sódio no leite. Isso não é mau para o bebê, mas às vezes simplesmente eles não gostam, então teremos que fazer ordenha manual e oferecer o outro peito à criança.

Quando ir ao médico?

Se com estas dicas não temos melhorado em um prazo de 24-48 horas, é preciso ir ao médico para ele valorar a possibilidade de receitar um antibiótico compatível com a amamentação, e nem assim deve deixar de amamentar, é claro. Em este caso, é muito importante tomar o antibiótico tantos dias como o médico indicou, pois uma mastite mal sarada pode provocar que a infecção se reproduza e/ou aumente, acabando em um abscesso, o que seria muito sério e requereria uma intervenção cirúrgica para drenar o pus da mama. Mesmo assim, você pode e deve continuar amamentando, mas impedindo que o bebê entre em contato com esse pus, é claro: se o abscesso esta longe do mamilo, pode amamentar normalmente. Se esta perto dele, melhor amamentar só com o outro seio até sarar, mas ordenhe a outra mama para não acumular leite de novo.

Se você estava pensando em desmamar o filho, não há pior momento do que este para fazê-lo. É preferível primeiro sarar e, depois, já iniciar o desmame. Se não esvaziamos o seio com freqüência durante uma mastite, poderia acabar aparecendo um abscesso mamário. A retenção de leite no seio faz com que a febre aumente, pelo que é importante manter o peito “mole”. Se o bebê não chega esvaziá-lo, teríamos que acabar de fazê-lo mediante ordenha manual ou com bombinha. O leite nunca vai acabar, pelo que o objetivo não é “acabar” com ele, senão tirar tanto leite quanto seja necessário para que o peito não esteja duro, sem provocar um aumento de produção.

Se as mastites são repetitivas, seria importante fazer uma revisão médica para ter certeza de que não há algum outro problema, como uma infecção anterior mal tratada, uma descida de defesas ou problemas na sucção do bebê.

Texto de Elena de Regoyos para MamaÉ
Proibida a reprodução sem autorização
 
 
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martes, 22 de noviembre de 2011

CAISM... Hospital Amigo das Crianças?

O CAISM, aqui em Campinas, é um Hospital Amigo das Crianças. Este é um título difícil de conseguir pelos hospitais. Eles têm que cumprir uma série de requisitos rigorosos para que a UNICEF lhes outorgue o título. O CAISM está cheio de cartazes pelas paredes indicando que eles cumprem com esses requisitos. Você passeia por essa maternidade e não vê mais do que cartazes promovendo o aleitamento materno (exclusivo até os 6 meses e depois combinado com outros alimentos até os 2 anos como mínimo, tal e como indica a OMS), inclusive com atrizes famosas nas fotos.

Os folderzinhos que eles repartem na consulta do pré-natal são rigorosos com as normas para garantir um sucesso no aleitamento materno, e vão preparando à mãe desde a gravidez para acreditar em que essa é a melhor opção. Insistem na livre demanda, na inexistência de “leite ruim” ou crenças como “eu tenho pouco leite”, incidem na importância do primeiro contato rápido e constante mãe-bebê após o nascimento para ele começar mamar quanto antes e recomendam a assistência a grupos de apoio devidamente informados sobre amamentação. Até aí tudo ótimo.

Hoje eu fui à minha primeira consulta de pré-natal no CAISM, e saí revoltada.
Reuniram a um grupo de umas 8 mães que iniciávamos o pré-natal lá em uma sala onde uma enfermeira ia nos informar de algumas coisas. Ela deu para todas nós um folder com informações corretas sobre amamentação e falou um pouco sobre isso. Disse que o melhor para o bebê é o leite materno, ao que uma das mães grávidas, que a partir de agora será denominada “mães de gêmeas” expôs:

-Precisamente por isso eu estou preocupada, pois sei que o meu leite é o melhor, mas sendo que estão vindo duas bebês, será que eu consigo amamentar?

(Trata-se de uma mãe de mais de 40 anos que já tem 5 filhos aos quais amamentou até quase o primeiro ano de idade).

A enfermeira diz:

-No seu caso não vai dar certo, você vai ter que complementar com mamadeira, como mínimo.

Eu não consigo me conformar com que em um Hospital Amigo das Crianças seja dada uma resposta absurda deste tipo a uma mãe com desejo de amamentar às suas filhas gêmeas, e interrompo:

-Eu gostaria de te indicar uma entrevista que eu fiz à uma amiga mãe de gêmeas que amamenta não só a elas, senão também à sua terceira filha, nascida quase 4 anos depois. Talvez o depoimento dela te interesse e transmita a confiança necessária para tentá-lo, pois o seu corpo esta preparado para isso. Uma ajuda profissional para resolver dúvidas e inseguranças seria muito apropriada no seu caso, e eu me ofereço a fazê-lo pessoalmente, de forma gratuita.A enfermeira me espeta:

-Não concordo com isso, você esta criando falsas expectativas e se ela não conseguir vai se sentir frustrada e até culpada.

Explico que só pretendia ajudar oferecendo o depoimento de uma mãe que conseguiu, como muitas outras também podem, mas depois opto por permanecer calada.

A mãe de gêmeas pergunta se ela terá leite suficiente e a enfermeira responde:

-O único que vai você fazer aumentar a produção de leite é tomar muita água, só se você tomar muita água, entre 2 e 4 litros por dia, vai ter leite suficiente. Mas isso não garante que vá ter para as duas, viu?

Eu fico impressionada com o fato de um Hospital Amigo das Crianças terem uma profissional tão absolutamente desinformada no relativo à amamentação, que não fala da importância da livre demanda, de que a produção se estabelece em função da demanda do (ou dos) bebê(s), que se têm um bebê que demanda muito e você garante esse abastecimento quando ele pede, o seu corpo vai produzir leite suficiente para ele, e se em lugar de um são dois bebês demandando, o corpo também vai dar resposta a esta demanda, sempre e quando você coloque às bebês para mamar cada vez que elas peçam. Ela não falou de prolactina, de oxitocina... Não, ela falou de água como um milagre produtor de leite, e depois concluiu que “nem isso garante uma produção suficiente, principalmente no seu caso, que são gêmeas”.

Mas eu já tinha optado por escutar e calar. Depois em privado ofereci o meu cartão para a essa mãe, no caso dela querer uma ajuda com a amamentação das filhas dela.

Uns quinze minutos depois a enfermeira começa fazer a ficha de cada uma, na frente das outras (o que considero constrangedor, pois continha perguntas tão pessoais e íntimas como: “a sua gravidez foi buscada ou foi um susto?”, “Você ainda esta com o papai do bebê?”). Na hora da mãe de gêmeas, ao perguntar pela idade dela, ela responde: “44 anos, sou a avó grávida” e começa tremer de vergonha pela confissão da idade dela (previamente tinha me comentado em baixinho que estava sofrendo muita ansiedade em esta gravidez porque não a esperava, e tinha vergonha de estar com essa idade com a barriga crescendo, precissando até de ajuda psicológica). Depois disso, ela não consegue nem responder o numero de telefone nem endereço, explicando que se sentia muito nervosa pela entrevista que estava realizando em esse momento.

A enfermeira pergunta:

Enf- Amamentou os seus outros filhos?

Mãe de G- Sim.

Enf- Quanto tempo?

Mãe de G- Algo menos de um ano, não sou muito de ficar amamentando crianças algo maiores.

Enf- Está ótimo, nem precisava de mais.

(Eu também acho bom que uma mãe chegue até o primeiro ano, ou menos ainda, se é o desejo real e informado dela, como parecia o caso).

Outra mãe comenta:

Mãe 1- Eu conheci uma mãe que amamentava ao filho com 4 anos!

Mãe 2- Isso para quê?

Enf- Não é necessário em absoluto fazer isso.

Mãe 1- Claro que não! Se ela já toma mamadeira e comida, para quê continuar pendurada no peito?

Mãe 2- Então para quê?

Mãe 1- Por besteira da mãe.

Enf- Por carência da mãe.

É um Hospital Amigo das Crianças...

Continuo calada, escutando com uma mistura de raiva e pena.

Quando a mãe de Gêmeas sai da sala, vira para mim e me pisca um olho. “Obrigada”, eu penso, e acredito que ela ainda vai conseguir.


Elena de Regoyos
-Doula de puerpério e assessora parental 
-Consultora de slings e amamentação
www.mamaedoula.blogspot.com
Tlf (Br) +55 19-9391 4134 / Tlf (Esp) +34 696 08 25 21

lunes, 21 de noviembre de 2011

Apresentação do meu TCC em Psicodrama. “Ausência de ‘tribo’: a solidão das mães puerperais na sociedade atual”

Queridas mães da Tribo MamaÉ, esta quinta-feira 24 de novembro de 2011 terá lugar a minha apresentação do TCC que venho realizando como finalização do meu curso de especialista em Socio-Psicodrama durante os últimos dois anos.

Será às 20h no IPPGC (endereço especificado no folder anexo). O tema do mesmo é o seguinte:

“Ausência de ‘tribo’: a solidão das mães puerperais na sociedade atual”

 Como algumas de vocês contribuíram de forma ativa à realização deste trabalho a través de grupos de trabalho ou depoimentos, e com certeza muitas outras podem se sentir identificadas com o tema tratado no mesmo, fico feliz de convidar a todas à citada apresentação. Para mim será muito emocionante contar com o seu apoio em um dia tão especial.

O Psicodrama é um método de trabalho com indivíduos e/ou grupos que reúne técnicas da psicologia e do teatro, com o objetivo de ajudar às pessoas a terem um maior autoconhecimento, melhorando também as suas capacidades para enfrentar situações críticas. Acredita no poder de toda pessoa para gerar respostas espontâneas e criativas -adequadas ao contexto e não determinadas pelas 'conservas culturais' da sociedade-, precisando só de algumas ferramentas adequadas para chegar em isso, que o Psicodrama pode garantir.

Um forte e carinhoso abraço a todas. Espero vocês lá!
(Clickar para ver em grande)

lunes, 7 de noviembre de 2011

Desfraldar ou não desfraldar... Essa é a questão. Como, quando e por que tirar a fralda dos nossos filhos

Pois é... chegam os dois aninhos, ou antes até, e as amigas, cunhadas, avôs e resto da sociedade (inclusive as professoras de escolinha) começam nos pressionar, mais uma vez, sim, como ao longo destes primeiros dois anos de mães, com a retirada da fralda dos nossos filhotes. Antes foi com “até quando você vai de mamar para ele no peito”, e o “Ainda dorme no seu quarto?”, sem esquecer do “você fica demasiado tempo com ele no colo”. Pois bem amiga... chegou a hora da fralda.

Pegue ar e se prepare, que a competição chegou de novo. O seu entorno “maternal” vai te bombardear com frases do tipo “meu filho com “x” meses já controlava o xixí”, “meu menganinho foi terrível, ele não me avisava nunca e eu tinha que ir atrás dele perguntando a toda hora se queria fazer cocô ou não, ao final ele sempre fazia nas calças, um horror”, ou “aproveite agora que esta calor, e assim é mais fácil”.

E a criança? O que ela têm a dizer em isto? No final das contas, não é um processo dela? Não tem a ver com a maduração dela como pessoa? Não têm a ver com a suas vontades e capacidades adquiridas ou não? Vamos decidir NÓS quando ela deve começar segurar o xixí ou o outro, só porque a filha da fulana já esta controlando ou porque agora é bom momento para mim?

Controlar os esfíncteres, ao igual que comer alimentos de adulto, caminhar ou falar, faz parte da evolução da criança. Não podemos forçar elas a fazer essas coisas antes delas estiverem prontas para fazê-lo, porque só vamos conseguir resultados como: frustração, stress, culpa e tristeza. De quem? Nossa, sim, é claro, mas principalmente da criança, acredite.

Não podemos ensinar a controlar os esfíncteres, isso não se ensina, isso se adquire (como o falar, o caminhar ou o engolir sólidos). É um processo gradual, demorado e lento. E o fato de ter deixado as fraldas com 18 meses, 2 anos ou 3 e meio não vai influenciar ao desenvolvimento da criança, nem às propriedades intelectuais dela na vida adulta. Ninguém vai lhe perguntar na faculdade quando ele aprendeu a falar ou a controlar o xixí.

Tendo definido uma idade "normal" de 2 anos para o controle da bexiga, criamos um problema principalmente para os nossos filhos.
Bem na segunda metade do segundo ano de vida (ou seja, após o ano e meio), alguns bebês podem começar a perceber quando eles têm uma fralda suja, ou mesmo quando "eles estão fazendo". Este é um grande avanço, mas é só o primeiro de um processo lento que pode levar cerca de dois anos, resultando em finalmente um controle do intestino e da bexiga. Reconhecer que "já fiz" não quer dizer que ele já saiba se antecipar a "quando eu vou fazer", e menos ainda a controlar se fazê-lo ou não fazê-lo.

Esperar para o verão

Use o verão para remover a fralda é uma conveniência dos adultos. Então, incluímos no mesmo “saco” à criança de um ano e meio, a de 2 e a de 2 e meio também. E começa essa “maravilhosa” fase de perseguir incansavelmente às crianças perguntando se elas querem fazer xixi, eu tocando a roupa delas, sentando-as no vaso sanitário sem conseguir nada. Passamos horas preciosas de comunicação nesta nova escala de valores onde o mais importante, colocando alegre ou triste a mãe, é "se ele fez ou não fez."

O estágio de aquisição de controle esfincteriano dos nossos filhos inclui, sim, o prazer das crianças serem capazes de decidir, pela primeira vez, se eles seguram o seu xixi ou cocô, e fazê-lo onde e quando quer, a demarcação de uma zona de autonomia maravilhosa para experimentar. É um lugar de poder onde se decide, e faz com que eles liberem este prazer da capacidade de fazer coisas por si mesmos.

E de noite?

O controle noturno merece um capítulo à parte. Apesar de uma criança controlar perfeitamente os esfíncteres durante o dia, pode demorar muitos meses até mesmo ser capaz de fazê-lo à noite. Costuma-se dizer que, depois de várias noites com uma fralda seca, o bebê está pronto para dormir sem ele.

Ao pensar sobre isso, é importante observar que:

-A criança deve concordar e saber exatamente o que está acontecendo, o que se espera dela ("já que você esta amanhecendo sequinho, você quer tentar dormir sem fralda? Eu coloquei um plástico sob o lençol para que você não se preocupe se você fizer xixi. Se quiser a gente testa, senão pode ser mais para a frente").

-Como qualquer processo, o controle do intestino e da bexiga não é linear, mas haverá muitos altos e baixos. Isso é parte do que é esperado e, o mais importante de tudo, nossos filhos sabem que os acompanhamos em este processo e que vamos esperar o tempo que for preciso.

É muito importante o reforço positivo ("que legal, você conseguiu, eu estou orgulhoso de você", etc). Sob nenhuma circunstância é aceitável que desafiemos a criança, a humilhemos ou ridiculizemos comparando-a com outros amigos ou familiares. É importante lembrar sempre que não há nada que ele possa fazer para controlar, ele vai controlar quando estiver pronto para isso.

Não voltar para trás? Regressão?
É muito freqüente isso de “uma vez retirada a fralda, não pode voltar atrás pois confunde a criança”. Sob o meu entender, o que confunde à criança e ficar insistindo em uma coisa que ela não esta pronta para afrontar. O que confunde à criança é a falta de compreensão da mãe, do pai ou o cuidador que for, que exige dela uma coisa que ela não pode ainda fazer, e que não pode voltar para atrás “porque senão confunde à criança”.

Respeitemos os nossos filhos, deixemos que eles nos mostrem o caminho quando se trata do desenvolvimento deles mesmos, confiemos em que eles adquirirão todas essas capacidades, no tempo que for adequado para eles, e cuidemos para não esperar mais deles do que eles podem nos oferecer.

--

Elena de Regoyos - MamaÉ Slings
-Doula e assessora parental
-Consultora de slings e aleitamento materno

http://www.mamaedoula.blogspot.com/
Tlf Brasil: +55 19-9391 4134 Tlf España: +34 696 08 25 21

lunes, 24 de octubre de 2011

Diferentes amarrações com o wrap sling: explicação e vídeos ilustrativos


Por Elena de Regoyos, jornalista, doula, assessora de amamentação, proprietaria de www.mamaememima.com e co-criadora da formação Bebê no Pano.
Por favor, cite fonte e link original para compartilhar.


Como consultora de carregadores de bebês, e agora falando dos wraps concretamente, muitas vezes me perguntam quais amarrações são mais adequadas para qual circunstância, para segundo qual seja o peso do bebê ou criança, para o frio ou o calor extremo... Pois bem, visando a nossa próxima oficina avançada de slings, para mamães que já usam wraps e querem ir além do nó básico, preparei este pequeno resumo dos nós mais habituais.

Cruz envolvente: É muito adequado para as primeiras tomas de contato, pois é fácil de fazer e pode ser feito de forma pré-amarrada (mais conhecido este já como o nó básico). Desta forma, o adulto pode primeiro se encarregar do wrap, e depois já pegar o bebê.

Pode ser usado por bebês desde o primeiro dia pois segura eles muito bem, e dá para colocar mais ou menos camadas de tecido em volta deles (duas ou três se é pré-amarrado, e de uma a três se o fazemos sem pré amarrar, com o que ganhamos algo de fresquinho no verão). Serve também com crianças maiores.

Fazendo este nó ganhamos confiança com o wrap e podemos, depois, passar a outros que requerem mais técnica.

Antes de nada, regras de segurança:



Quando escolher um wrap elástico, vantagens e disvantagens: 



Cruz envolvente com wrap elástico:



Dupla rede pré-amarrada:



Nó canguru (frente, costas e quadril): Este nó é um dos mais confortáveis e frescos, mais requer algo mais de técnica e a posição sapinho não pode ser “meio mal feita”; pois é a clave desde nó. Pode ser feito desde o primeiro dia também, principalmente na frente.

A principal vantagem deste nó é que deixa só uma camada de tecido sobre o bebê, pelo que no calor é muito recomendável, e pode ser feito com um wrap curto, pois não precisa de tanto tecido.

Para crianças de mais peso, ou sempre que usemos ele com wrap elástico ou de malha, é recomendado fazer os nós canguru reforçados com uma cruz ajudando segurar o peso da criança.

Canguru frente com bebê recém nascido:


Canguru frente com bebê maior, e posição de amamentar:


Canguru costas com crianças de vários tamanhos:


Canguru costas e várias finalizações:


Canguru na frente com wrap elástico (reforçado):




 Nó com twist ou boucle (quadril): É um nó muito fácil e confortável para crianças que preferem ver tudo, e portanto ficam melhor carregados lateralmente no nosso corpo. Pode ser feito pré-amarrado também, ou pelo menos a primeira parte dele e o resultado final é muito parecido ao de um sling de argolas. As crianças ganham campo de visão com os nós ao quadril e às costas, sem perder o refúgio do corpo da mãe ou adulto carregador. Pode ser feito com uma camada de tecido só caso o wrap seja rígico (não malha ou ela´stico), pelo que para o calor é muito indicado.




Dupla rede (frente ou costas): É muito confortável para os primeiros meses e por ter mais camadas de tecido, da maior suporte nas costas. Bom para bebês mais pesados:


Dupla rede costas, várias finalizações:


Dupla rede costas com wrap elástico:





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domingo, 23 de octubre de 2011

O sono do bebê amamentado. Qual é a sua receita para descansar?

Todas nós, mães, sabemos que uma das principais dificuldades do nosso papel com o filhote é a atenção de que os nossos bebês precisam durante as noites... e não apenas umas semanas ou meses! Por isso a Tribo MamaÉ propõe este tema para o nosso próximo encontro, que acontecerá esta terça-feira 25 de outubro às 9:30h no Céu Aberto, em Barão Geraldo.

Geralmente estamos muito cansadas, pois cuidar de um bebê durante todo o dia (e a noite!), um dia após outro, não é brincadeira. Mas é importante que sejamos conscientes do fato de que o nosso bebê na maioria dos casos não vai nos permitir descansar uma noite inteira durante bastante tempo.

Um recém nascido precisa ser amamentado pelo menos de 8 a 12 vezes nas 24 horas do dia. Isso quer dizer que durante as noites eles também precisam ser alimentados, aproximadamente cada 2-3 horas. Porém sempre têm bebês que dormem mais horas seguidas no começo da noite e depois acordam de menos em menos tempo o resto da madrugada... Não existe um parâmetro fixo, e tão normal é que ele acorde cada 45 minutos, como que durma 6 horas seguidas.

As mamadas noturnas são necessárias quando eles as solicitam, pois nos primeiros meses eles crescem muito rápido e têm grandes exigências nutricionais. Além disso, a mãe segrega uma maior quantidade de prolactina durante a noite, o hormônio responsável pela produção de leite. Se aproveitarmos para dar de mamar ao bebê em estas horas, a nossa produção de leite aumentará graças a estes picos de prolactina (e evitaremos possíveis ingurgitações matinais, tão comuns por causa destes picos de prolactina).

Muitas mulheres se sentem desmotivadas para amamentar aos seus bebês por este motivo, as exigências noturnas, e acham que com uma alimentação artificial a coisa será bem diferente. Mas os padrões de desenvolvimento infantil relativos ao sono não dependem do tipo de alimentação oferecida à criança, senão da evolução própria dessa pequena pessoa.

Então? Tem alguma solução? Isso é o que toda mãe gostaria de saber...

O primeiro que deveríamos assumir é que as crianças têm ritmos de sono diferentes aos do adulto, como já ficou detalhadamente explicado no artigo “O sono dos nossos filhos e as conseqüências de deixá-los chorar”. Os bebês, por tanto, precisam acordar várias vezes durante a noite, não apenas para se alimentar, senão para desenvolver a sua inteligência.

Por desgraça, quando a natureza estabeleceu esta forma de desenvolvimento, não teve em conta que os adultos do século XXI teriam que acordar cedo para ir trabalhar, cumprir horários estritos, render contas no trabalho, etc.

De quem é o problema de sono então? Da criança ou nosso? Pois é... é mais nosso que de ninguém. O bebê acorda muitas vezes porque esta se desenvolvendo de forma natural e saudável, ele não têm nenhum problema. Mas para nós, adultos, que queremos dormir a noite toda, isso representa um grande problema ao que, afortunadamente, podemos tentar dar solução, como seres inteligentes que somos, sem por isso obrigar aos nossos filhos a fazer uma coisa para a qual não estão prontos.

Ninguém pensa em obrigar a um bebê de 3 meses a caminhar, pois sabemos que não esta pronto para isso. A gente se adapta e utiliza carregadores de bebês, carrinhos e outras manhas para transportar o bebê enquanto ele chega a uma idade na qual aprende caminhar. E nem em esse momento vamos prescindir dos carregadores e os carrinhos para sempre, pois aprendem, mas é bem gradual o processo e demora alguns anos até que eles conseguem caminhar ao ritmo de um adulto, pelo teremos que ir acompanhando eles nos adaptando ao seu ritmo. Com a questão do sono é bem similar.

O que fazer para poder descansar adequadamente, então?Durante as primeiras semanas é muito importante que a mãe se obrigue a dormir pequenas siestas durante o dia, enquanto o bebê também dorme, pois não só as noites são duras, senão que ainda tem que se recuperar do trabalho de parto. Para isso é fundamental o apoio e ajuda dos outros adultos que a acompanhem: marido, mãe, empregada, etc. Os afazeres domésticos não são prioritários em este momento para a mãe, isso têm que estar na cabeça de todos para assim eles colaborarem. É fácil pensar que “enquanto o bebê dorme vou aproveitar para estender a roupa”, mas o descanso é uma prioridade maior. Por isso ela precisa de ajuda do entorno para essas outras tarefas.

Depois o bebê vai crescendo, e o aleitamento materno é uma grande vantagem, pois podemos amamentar deitadas sem necessidade de acender a luz, nos levantar da cama, ir à cozinha aquecer a mamadeira nem deixar o bebê ansioso esperando enquanto fazemos tudo isso...Quando menos demoremos em atender à necessidade dele, menos acordado ele ficará, e mais rapidamente voltará a pegar no sono. Para nós também é uma vantagem, pois a natureza prevê tudo e a prolactina noturna têm efeitos sedantes (que não duram mais de uns 10 minutos após a mamada) para nos ajudar a pegar no sono de novo. A mamadeira não consegue isso.

A cama compartilhada é uma boa opção se a mãe ou o casal optam por ela, pois realmente facilita muito todo o processo do aleitamento noturno. Com a prática o bebê acaba fazendo praticamente um self-service noturno, sem que a mãe quase o perceba, nem tenha que acordar. E ele quase tampouco.

Cada família vai encontrando a sua própria receita, a forma na qual eles se sentem mais confortáveis (todos na mesma cama, todos no mesmo quarto mas em cama – berço separado, em quartos diferentes...), todas as opções são válidas desde que respeitemos as necessidades da criança, porque o que serve para um não adianta para outro... Por isso animo todas vocês a compartilhar as suas experiências ao respeito, que com certeza serão muito ricas, com as outras mãe da Tribo MamaÉ.
-Você gostaria de compartilhar as suas experiências com as outras mães?

-Quer saber como as outras se viram durante as noites e o que melhor funciona para elas?

-Você já têm filhos mais velhos?

-Quando eles começaram dormir a noite toda?

-Como foi o proceso?

MamaÉ convida você e todas as pessoas que você queira trazer para fazer parte de "tribo" e bater um papo sem dúvida interessante sobre este assunto esta terça-feira 25 de outubro às 9:30h no Céu Aberto, atrás do Tilli Center, em Barão Geraldo (Campinas, SP). Venham todas e convidem outras pessoas!!

Mais onformações dos nossos encontros de apoio ao aleitamento materno:

Aleitamento - Tribo MamaÉ

Encontros de Apoio ao Aleitamento Materno e a Maternidade Ativa
http://mamaedoula.blogspot.com/p/tribo-mamae-aleitamento.html


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Artigos relacionados:

-Co-leito ou cama compartilhada. Por quê? O que é isso? Como fazê-lo de forma segura?

-O sono dos nossos filhos e as conseqüências de deixá-los chorar

-O puerpério e as falsas expectativas da mulher grávida

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sábado, 15 de octubre de 2011

Veja como adaptar a nova Boba 3G aos recém nascidos, e outros vídeos com as novidades que incorpora!

As novas mochila-canguru Boba 3G estão de caminho ao Brasil, a través da MamaÉ Slings!

Muitas de vocês já fizeram as suas reservas, e acredito que estarão querendo ver em ação as tão esperadas novidades prometidas.

Veja como se usam os novos bolsos que ela incorpora:



A alça da sua bolsa fica cainda o tempo tudo enquanto você usa a sua Boba? Observe como a nova versão Boba 3G incorpora um dispositivo para segurar ela à mochila:


Quer ver como é que se usa o capuz e os estribos?



Uma das novidades mais importantes da nova Boba 3G é que podera ser usada desde o comecinho, com bebês recém nascidos. Apreenda como reduzir o tamanho dela para adaptá-la aos mais petiticos:


Muitas mães me perguntam como podem colocar o seu filho de forma segura para carregá-lo às costas:


E por último... também é possível amamentar ao seu filho enquanto carrega ele na mochila-canguru Boba:



Mais informações:


-MamaÉ Slings apresenta o novo canguru ergonômico Boba 3G




-Comprou... e agora quê? Cuidados e dicas básicas para usar corretamente um wrap elástico

miércoles, 5 de octubre de 2011

MamaÉ comemora com você a Semana Internacional do Babywearing com uma oficina de slings após o Cinematerna


Usar um sling é fácil e todo o mundo pode fazê-lo, mas para isso é necessário seguir uns conselhos básicos para o uso adequado de um sling ergonômico (de argolas, wrap, mei tai, pouch ou canguru ergonômico), de tal forma que o desenvolvimento da coluna e o quadril da criança sejam favorecidos, e o conforto de quem carrega também seja cuidado. Desta forma você poderá carregar o seu bebê enquanto passeia, cozinha, almoça, brinca com o filho mais velho, trabalha no computador ou faz a compra.

Vamos comemorar juntas bem grudadinhas aos nossos filhotes a Semana Internacional do Babywearing (carregadores de bebês)! A oficina terá lugar na próxima terça-feira no Café Havanna após a sessão de Cinematerna, no Shopping Iguatemi de Campinas (SP).

Leve o seu sling se você tiver, suas dúvidas e o seu filhote também. Serão explicadas as differenças entre os differentes tipos de slings, assim como os diversos usos de cada sling, posições segundo necessidades, tamanho da criança ou clima, várias amarrações e o jeito adequado de usá-lo para todos ficarem confortáveis. Se você não tiver sling, eu levarei alguns para emprestar, ou você pode encomendar o seu antecipadamente atravês do email de MamaÉ (mamaedoula@gmail.com):



Lugar: Havanna Café, Shopping Iguatemi, Campinas.

Dia: Terça-feira 11 de outubro de 2011.

Hora: 16h, após finalizar a sessão de Cinematerna, que terá lugar às 14h (venham também!!).

Investimento: Gratuito.


CARREGAR O SEU BEBÊ É BOM

Carregar o seu bebê perto do peito, em contato pele a pele, permitindo-lhe que escute o seu coração, sinta o seu cheiro, durma com o seu balanceio e ninado com a sua voz... Não só não têm preço, senão que é possível, fácil e muito beneficioso.


Carregar o seu bebê em um sling é bom para seu filho!

-Choram menos!
Um 43% menos no total, e um 54% menos durante a noite!

-São mais saudáveis! Ganham peso mais rapidamente, têm uma melhor motricidade, coordenação, aumento do tono muscular e sentido do equilíbrio.

-Estimulação táctil: Estão em contato permanente, acolhidos, contidos, e são frequentemente acariciados. Eles mantém uma posição parescida à do ventre materno.

- Posição adequada. Em um carregador ergonômico a posição é a adequada e favorável para o correto desenvolvimento da coluna, fêmur e quadril do bebê.

-Desfrutam de uma melhor visão do mundo! Os bebês levados em carrinhos só chegam ver o mundo dos adultos desde a altura dos joelhos.

-Se independizam mais rápido! Fazendo deles pessoas mais seguras e menos “grudadas”.

-Dormem melhor! Dormem-se mais rápido e dormem durante períodos mais longos de tempo.

-Apreendem mais! Não estão sobre estimulados, mas sim tranqüilos e alerta, observando e tomando consciência do mundo que os rodeia.

-O bebê sente a segurança daquilo conhecido (calor, cheiro, voz dos pais). Disminui o stress e aumenta o bem-estar.

-Integração social: Forma parte da vida dos seus pais participando das conversas com amigos e as atividades quotidianas.

-São mais felizes! Se sentem queridos e seguros.

E é também bom para você!!



-Permite uma melhor comunicação entre o seu bebê e você
(sem esperar a que ele comece chorar!), porque você esta em sintonia com as expressões faciais do seu bebê e outros gestos.

-Cria confiança entre os pais: não há melhor sensação que quando o bebê esta tranqüilo e contente porque você satisfez todas as suas necessidades.

-É prático: porque não há nada mais desconfortável do que carregar um bebê conforto de plástico com um braço só!

-Movimentação segura com o bebê, independentemente do terreno: calçadas desniveladas, ruas estreitas, praia, transporte público, escadas ou trilhas na montanha.

-É saudável para você: convida-te a sair e fazer exercícios com o seu bebê.

-Bem-estar físico: Menos desconforto nas costas o muscular nos braços, devido a que o peso se reparte equilibradamente e simetricamente em todas as costas, nos dois ombros e principalmente no quadril.

-Permite uma amamentação confortável, sem necessidade de ter que buscar um lugar para sentar e se instalar durante isso. Pode fazê-lo em qualquer lugar e com discreção!

-Não precisa abandonar as atividades quotidianas, pois muitas delas podem ser feitas enquanto você carrega o seu bebê.

-Te ajuda a interatuar com outros filhos enquanto você carrega o seu pequeno no sling.

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Mais informações sobre slings:
-Slings e cangurús ergonômicos em MamaÉ Slings

-Sling elástico Sleepy Wrap: características, uso e videos ilustrativos

-Comprou... e agora quê? Cuidados e dicas básicas para usar corretamente um wrap elástico

-Slings… nova moda ou beneficios reáis?

-Comparação entre os cangurus tradicionais e os slings ou cangurus ergonômicos

domingo, 25 de septiembre de 2011

Benefícios do aleitamento prolongado. Até quando posso amamentar o meu filho?

Quantas de vocês já foram questionadas pelo fato de amamentar “ainda” aos seus filhos?

Algumas sofremos isso perto dos 6 meses do bebê, outras a partir de então, e nem que dizer de um filho que já nem é considerado socialmente mais “bebê”, senão que passa ao status de criança (as vezes a partir do primeiro ano, outras depois, depende dos olhos do “opinólogo” em questão).

E quantas vezes a gente mesma se perguntou... “Realmente é bom isso de dar “ainda” de mamar no peito o meu filho, ou será que eu estou um pouco obsessionada com isso “da teta”?” “Será que ainda serve para alguma coisa, sendo que ele já come quase de tudo?”, ou mais além... “Será que se eu acabo com “a teta” ela comera, finalmente, de tudo?”

E emocionalmente? Quantas vezes já nos disseram que esse menino vai ir à universidade pendurado na sua teta”, ou mais cruel até: “Você esta fazendo dessa criança uma pessoa insegura e excessivamente dependente de você, com tanto mamar no peito e tanta manha”. Bendita independência das crianças, né? Não é um pouco obsessivo isso da "independência" de uma criatura que é obviamente dependente dos adultos, tanto física quanto emocionalmente? Por que essa obsissão pela independência temprana das crianças? Bom, mas esse aí é outro asunto, voltemos ao aleitamento.

Tem pessoas até que falam diretamente para o menino ou menina em questão, sem vergonha nenhuma: “Solta isso já!! Isso é caca!!”, ou “Tão mocinha assim e ainda mamando no peito? Você já esta muito grande”, ou até culpabilizando eles (que comum isso da culpa, já desde crianças, né?): “Deixa a sua mãe descansar um pouco menino! Você esta sugando ela, solta essa teta já e vai brincar!”.
Tanto em uns casos quanto nos outros, só me vêm uma coisa à cabeça: QUANTA INSENSIBILIDADE!


E é claro, quanta falta de respeito, entrando em assuntos da intimidade familiar assim com essa liberdade auto-otorgada, não é? Vocês imaginam alguém falando para um adulto que caminha de mão dada com a sua esposa na rua: “Solta a mão dela já meu Deus, todos os dias o mesmo passeio de mão dada!! Deixa ela respirar um pouco, ela precisa de espaço para ela! Não é saudável para vocês caminharem sempre juntos, vocês têm que fazer planos separados às vezes”. Imaginam? É assunto de quem isso aí? Mais uma vez, paresce que com crianças todo o mundo pode opinar abertamente, e até ofensivamente e fazer ou dizer coisas que seriam impensáveis no caso de serem feitas para um adulto.

Preconceitos prévios

Reconheço que até eu mesma, hoje firme defensora do aleitamento, me estranhava quando sabia de alguém que dava de mamar ao seu filho ou filha de... sei lá, 4 anos? Amamentei meu primeiro filho até os seis meses e não continuei por falta de informação, o que me produz uma imensa pena e frustração. Com o segundo, que nasceu pouco depois, tinha claro que eu ia amamentar “bastante”: “pelo menos até o primeiro ano”. E olha que isso aí já era considerado “maluquice” por não poucas pessoas! Mas depois você esta aí no dia a dia, amamentando ao seu filho, e chega o primeiro ano e ele continua mamando, e você nem pára para pensar que “já deu”. A coisa vira natural, normal como o que realmente é, um vínculo nutritivo e afetivo que continua, e que não tem por que parar se nenhum dos dois implicados sente essa necessidade. Ele desmamou sozinho com mais ou menos 3 anos e dois meses, no fevereiro passado.

Mas voltemos ao assunto... Até quando então? "Não vão ficar grudados na teta a vida toda se a gente não põe um limite?" Evidentemente não. Não se conhecem casos até hoje. Têm sociedades nas quais é normal e natural amamentar até os 7 anos, mas rara vez se escutam casos de mais idade. Chega uma hora que, seja a mãe ou a criança, decidem parar pelo motivo que for: porque não sente mais necessidade, porque não se sente confortável, porque simplesmente a coisa vai ficando “no olvido”, etc. Têm tantos motivos como pessoas, mas que chega um dia que a criança não quer mais, chega, se antes não foi a mãe quem quis parar.

Os estudos antropológicos dizem que o desmame fisiológico no ser humano acontece entre os dois anos e meio e os sete anos de idade em tudo o planeta. Por outro lado, os estudos científicos mais rigorosos confirmam que os benefícios do aleitamento materno são maiores quanto mais dura o aleitamento. A mais teta, mais defesas, mais saúde, mais empatia, mais inteligência. E isso aí esta tudo demonstrado.

Vamos para os dados?

Benefícios do aleitamento prolongado

(tradução de MamaÉ do texto extraído do Blog "Para el Bebé": http://www.paraelbebe.net/beneficios-de-la-lactancia-prolongada/)

O termo “aleitamento prolongado” é utilizado quando a criança amamentada é meior dos 12 meses. Em este artículo, a esses meninos os vamos chamar “pequenos lactantes”.

Os pequenos lactantes se beneficiam NUTRICIONALMENTE:

“Ainda muito depois do primeiro ano de vida, o leite materno continua proporcionando quantidades substanciais de nutrientes clave, especialmente proteínas, gorduras, e a maior parte das vitaminas”
-Dewey, 2011.

No segundo ano de vida (12 a 23 meses), 448 ml de leite materno proporcionam:

29% de requerimentos de energia
43% de requerimentos de proteína
36% de requerimentos de cálcio
75% de requerimentos de vitamina A
76% de requerimentos de ácido fólico
94% de requerimentos de vitamina B12
60% de requerimentos de vitamina C
–Dewey, 2001

“O promédio estimado de tomas de leite em um período de 24 horas foi de 584 g para o 97% de crianças que foram amamentadas de 12 a 23 meses de idade, e 312 para o 73% das crianças amamentadas de 24 a 36 meses. Isso representa um promédio diário de ingestão de 41% e 23% da ingestão diária recomendada de vitamina A, respectivamente”.
-Persson, 1998.

A pesar do fato de ter poucas pesquisas com crianças que são amamentadas depois dos dois anos de idade, a informação disponível indica que o leite materno continua sendo uma fonte valiosa de nutrição e proteção contra doenças durante todo o período do aleitamento. É comum que seja recomendado o desmame em crianças pequenas que já comem alguns sólidos. Porém, esta recomendação não esta sustentada em pesquisa nenhuma. “De acordo com Sally Kneidel, em “Nursing Beyond One Year” (New Beginnings, Vol. 6 No. 4, July-August 1990, pp. 99-103.): Alguns médicos podem sentir que o aleitamento materno vai interferir com o apetite de outras comidas. Porém, não há documentação que indique que os alimentos suplementares sejam rejeitados com maior freqüência pelas crianças amamentadas, que pelas que já foram desmamadas. De fato, grande parte dos investigadores em países do Terceiro Mundo, onde o apetite de uma criança desnutrida pode ser de importância crítica, recomenda o aleitamento prolongado inclusive para os casos mais severos de desnutrição. (Briend et al, 1988; Rhode, 1988; Shattock and Stephens, 1975; Whitehead, 1985). A maioria sugerem ajudar a criança amamentada, não com o desmame, senão suplementando a dieta da mãe para melhorar a qualidade nutricional do seu leite (Ahn and MacLean, 1980; Jelliffe and Jelliffe, 1978), e oferecendo à criança comidas mais variadas e agradáveis ao paladar para melhorar o seu apetite (Rohde, 1988; Tangermann, 1988; Underwood, 1985).

Os pequenos lactantes ADOECEM MENOS:“Anticorpos são abundantes no leite humano durante todo o aleitamento” (Nutrition During Lactation 1991; p. 134). De fato, alguns dos fatores imunológicos do leite materno aumentam em concentração durante o segundo ano, e também durante o preocesso de desmame (Goldman 1983, Goldman & Goldblum 1983, Institute of Medicine 1991).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (www.who.int/inf-fs/en/fact178.html) “um aumento moderado nas taxas de aleitamento poderiam prevenir até um 10% das mortes de crianças menores de 5 anos: Amamentar tem um papel essencial, e às vezes subestimado, no tratamento e prevenção de doenças infantis”.

Tem se demonstrado que as crianças que ainda são amamentadas entre as idades de 16 e 30 meses têm menos doenças e de mais curta duração que as que não são amamentadas (Gulick 1986).

A Academia Americana de Médicos de Família indica que as crianças desmamadas antes dos dois anos têm maior risco de adoecer. (AAFP 2001).

Os pequenos lactantes têm MENOS ALERGIAS:

Muitos estudos demonstram que uma das melhoras formas de prevenir alergias e asma é amamentar de forma exclusiva durante, pelo menos, seis meses e continuar amamentando em longo prazo. O leite materno pode ajudar a prevenir alergias ao reduzir a exposição a possíveis alergénicos (quanto mais tarde seja exposto o bebê a eles, menos provável é que apresente uma reação alérgica), acelerar o amadurecimento da barreira intestinal protetora do bebê, recobrir o intestino e proporcionar propriedades antiinflamatórias que reduzem o risco de infecções (as quais podem agir como disparadoras de alergias).

Os pequenos lactantes são INTELIGENTES:

Extensas investigações sobre a relação entre o aleitamento materno e os logros cognoscitivos (nível de coeficiente intelectual, qualificações escolares), demonstram as maiores ganâncias em crianças que foram amamentados por mais tempo.

Os pequenos lactantes são SOCIALMENTE BEM ADAPTADOS: De acordo com Sally Kneidel en “Nursing Beyond One Year” (New Beginnings, Vol. 6 No. 4, July-August 1990, pp. 99-103):
Dados de investigações sobre os aspectos psicológicos do aleitamento são muito escassos. Um estudo que tratava especificamente sobre bebês amamentados durante mais de um ano mostrou um vínculo significativo entre a duração do aleitamento e as “qualificações” dadas pelas mães e professores das crianças de seis a oito anos de idade (Ferguson et al, 1987). Em palavras dos investigadores “Há tendências estatisticamente significativas que demonstram a diminuição nas pontuações de desordenes de conduta quando a duração do aleitamento se prolonga.” A amamentar durante e depois da infância ajuda aos bebês e crianças pequenas a fazer uma transição gradual para a infância plena. O aleitamento materno é uma maneira cálida e amorosa de cobrir as necessidades das crianças pequenas. Ajuda-lhes a acalmar frustrações, batidas, feridas e o stress diário da infância temprana.

O fato de cobrir as necessidades de dependência de uma criança, de acordo com o seu horário pessoal e único, é clave para ajudar essa criança alcançar a sua independência. As crianças que logram independência ao seu próprio ritmo são mais seguras em essa independência que as crianças que foram forçadas a se independizarem prematuramente.

Os pequenos lactantes são NORMAIS: A Academia Americana de Pediatria recomenda que as crianças sejam amamentadas pelo menos durante 12 meses, e depois disso, durante todo o tempo que tanto mãe quanto o filho desejem fazê-lo (AAP 1997).

A Academia Americana de Médicos de Família recomenda que o aleitamento materno continue durante todo o primeiro ano de vida e que “amamentar depois do primeiro ano oferece benefícios consideráveis tanto para a mãe quanto para a criança, e deve continuar assim até que ambos desejem”. Também fazem notar que “se a criança é menor de dois anos, esta exposta a um maior risco de contrair doenças si é desmamado” (AAFP 2001).

Um secretário da saúde dos EUA declarou que “é um bebê afortunado o que continua mamando até os dois anos” (Novello 1990).

A Organização Mundial da Saúde põe ênfase na importância de amamentar até os dois anos de vida e mais (WHO 1992, WHO 2002).

Pesquisas científicas feitas por um professor de Texas A&M, mostram que os nossos filhos estão criados para serem amamentados entre 2,5 e 7 anos de idade (Dettwyler 1995).

As MÃES que amamentam os seus filhos de forma prolongada também obtêm benefícios: -Em muitas mulheres o aleitamento prolongado retrasa a volta da fertilidade suprimindo a ovulação.

-Amamentar reduz o risco de câncer de ovários.

-Amamentar reduz o risco de câncer uterino.

-Amamentar reduz o risco de câncer do endométrio.

-Amamentar protege contra a osteoporose. Durante o aleitamento, a mãe pode experimentar reduções de mineral ósseo. A densidade de mineral ósseo de uma mãe que amamenta pode ser reduzida em todo o corpo em um 1 ou 2% enquanto dura o aleitamento. Esta perda volta aos seus níveis originais, e ainda pode aumentar, quando o bebê é desmamado. Isso não depende de suplementos adicionais de cálcio na dieta da mãe.

-Amamentar reduz o risco de câncer de mama. Vários estudos tem encontrado uma associação inversa significativa entre a duração do aleitamento e o risco de câncer.

-É perfeitamente comprovado que amamentar diminui os requerimentos de insulina em mulheres diabéticas.

-As mulheres que amamentam perdem peso mais rapidamente.

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Por tanto, amigas, não permitam que ninguém pressione vocês para desmamar os seus filhos, tenham eles dias, semanas, meses ou anos. Façam o que vocês e os seus filhos queiram: sejam livres. Não deveríamos pedir permissão para amamentar os nossos filhos, do mesmo jeito que não o pedimos para abraçá-los ou fazer cócegas em eles.

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Coloco aqui um anexo que acabei de receber e vêm muito ao caso, tomara que vocês gostem:


CARLOS GONZÁLEZ (pediatra e escritor):

»O leite materno alimenta mais do que o leite de vaca. Seja qual for a idade da criança.
Realmente, começa ser ... cansativo escutar o tempo todo esse ridículos comentários, que "já não alimenta". De nenhum outro alimento ninguém diz semelhante estupidez, ninguém diz "já não alimenta a banana, já não alimenta a cenoura".
Se eles o dizem pela composição, é uma besteira. O leite materno, esta comprovado, tem cada vez mais calorías a medida que passam os anos. "Ele não vira água", melhor dito... "vira manteiga".
E se eles o dizem pela quantidade, é uma besteira ainda maior. É claro que 50 ml de leite materno alimentam menos que 700 ml de leite materno, obvio. E 50 gr de frango alimentam menos que um frango inteiro. E comer grão de bico uma vez cada quinze dias alimenta menos que comê-los cada dia. Mas ninguém seria tão besta como para dizer "para comer grão de bico cada quinze dias, melhor não comê-los nunca, porque no final das contas, já não alimentam".


Elena de Regoyos
(19) 9391 4134

MamaÉ Slings apresenta o novo canguru Boba 3G. Já podem pedir o seu!

O canguru ergonômico Boba Baby Carrier apresenta sua nova versão BOBA 3G (terceira geração) que a melhora mais ainda!



A nova Boba 3G adiciona à Boba que vocês já conheciam as seguintes características:

-Adaptação para poder ser usada com recém nascidos (a Boba anterior só podia ser utilizada com bebês a partir dos 4-6 meses)

-Melhoras no design dos estribos para os pés

-Bolsos para guardar pequenos acessórios

-Melhoras no design do capuz para a cabeça

-Cinto com melhor suporte

-Alças dos ombros mais longas (para uma melhor adaptação a usuários de maior tamanho)

-Melhora no design na faixa do peito
-Área de ajuste na faixa do peito mais longa (para melhor adaptação aos usuários maiores)

-E o melhor de tudo… novos designs!

Os novos modelos Boba 3G estarão disponíveis por R$ 250 em MamaÉ Slings (a través do telefone ou email de contato que aparecem no site) a partir da metade de outubro, mas vocês já podem ir fazendo as suas reservas se assim preferem, para garantir a escolha do modelo. Podem ver os modelos que estarão disponíveis no apartado de "Slings e Cangurus" do blog, ou clickando aqui.

Informamos, também, que também estão disponíveis duas Boba 2G nas cores cinza escuro-cinza claro e cinza-verde, mantendo-se em elas o preço anterior (R$ 238).

Para qualquer dúvida, entrem em contato comigo!

Mais informações:

-Veja como adaptar a nova Boba 3G aos recém nascidos, e outros vídeos com as novidades que incorpora!




-Comprou... e agora quê? Cuidados e dicas básicas para usar corretamente um wrap elástico

Elena de Regoyos
(19) 9391 4134

domingo, 11 de septiembre de 2011

“Doula de puerpêrio”, o apoio fundamental das mães no século XXI



Após o parto... Acabou todo? Muitas mulheres grávidas costumam se preparar muito para o parto. Lêem, perguntam, se informam e contratam uma doula que, sem duvida alguma, as ajudará a se fortalecer no caminho que elas mesmas quiserem escolher para esse grande dia, o dia do parto, o dia em que elas virão a ser mães.

Mas e depois? Com o parto realmente acabou tudo? Eu acho que, realmente, após o parto começa tudo. Começa o ser mãe, esse papel na nossa vida para o qual nos preparamos desde crianças às vezes, e mais intensamente durante a gravidez, é claro, sendo já, de alguma forma, mães.

Começa a desestruturação emocional da qual tanto fala a psicóloga argentina Laura Gutman. Começa o amor infinito de mãe, que às vezes nem conseguimos gestionar, começam as inseguranças, os medos, e também as alegrias intensas, e o cansaço extremo, as sombras que afloram...

Eu sou doula de puerpêrio, materno às mães, escuto-as e as ajudo no que elas precisarem relacionado a este novo papel que estão estreando. Apoio as suas decisões e as ajudo a amamentar se é o seu desejo.

Acolho as suas emoções, sejam estas positivas ou negativas, porque todas fazem parte do seu “ser mãe” e todas são importantes para ela mesma se aceitar em este novo papel, que não é só “branco” nem “preto”.

Mãe é humana, é maravilhosa, é mulher, é imperfeita, é amorosa, é sozinha, é deusa que dá vida. Como tal merece meu carinho, minha admiração e meu respeito. E por isso quero acompanhá-la! Me liguem, me escrevam, contem comigo.

Sou doula de puerpêrio, obrigada a todas por me permitirem sê-lo!!

As doulas no puerpêrio, por Laura Gutman

Eu decidi desenvolver a profissão institucional de "doula" para ajudar as mulheres durante o período do puerpêrio ou pós-parto (do meu ponto de vista, os dois primeiros anos após o nascimento do bebê), em casa.

Estou tentando integrar ao inconsciente coletivo feminino a necessidade de contar com um apoio maternante exclusivo para o primeiro período após o aparecimento da criança. Para fazer isso, organizei uma "Equipe de Doulas", todas elas profissionais graduados na “Escuela de Capacitación de Crianza” (“Escola de Capacitação para a Criação”) que realizam visitas domiciliares, atendendo às mães puerperais em todas as questões relativas à desestruturação emocional acontecida após o parto.

Que coisas têm que acontecer para que uma mulher se decida a pedir uma "doula" em casa?
-Coisas bastante comuns: por exemplo, ser o segundo dia na clínica depois do nascimento do bebê.
-Ou quando volta para casa após o parto.
-Quando quatro dias depois, o marido retorna ao seu trabalho.
-Se se sente indefesa ou assustada por nada em particular.
-Se o bebê chora muito e não pode acalmar.
-Se tiver qualquer problema com os seios.
-Se quiser chorar.
-Se sentir desconectada e irritada com o bebê.
-Se se sente sozinha.
-Se não sabe para quem perguntar.
-Se se angustia.
-Se não acha recursos para se sentar e brincar com seus filhos mais velhos.
-Se se culpa por não estar indo bem.
-Se estiver sobrecarregada.
-Obviamente, se têm gêmeos ou trigêmeos (mesmo se tiver uma enfermeira ou babá).
-Se o dia é muito longo para ficar sozinha.
-Se não tem quem de crédito às suas percepções.
-Se os filhos mais velhos a reclamam desproporcionalmente enquanto cuida do bebê.
-Se as noites são um inferno.
-Se é diagnosticada de depressão pós-parto.
-Se as pessoas que a amam o que recomendam é voltar para o trabalho rapidamente para "ficar bem".
-Se o marido chega cada vez mais tarde em casa.
-Se está, simplesmente, deprimida.

Agora bem, desde que o mundo começou, as mulheres têm filhos nascidos e criados sem "doulas" e quase todos sobreviveram. Há mulheres tão ineptas que, sem "doulas", não são capazes de fazer as coisas direito? Por que seriam merecedoras de tal luxo?

Nos albores do século XXI, as mulheres de sucesso ou apenas inteligentes adreditamos ter recursos suficientes para cuidar de um bebê. Quanto mais vivemos no mundo "yang", mais deserto se encontra o mundo "yin". Portanto, uma "doula" em casa não é um luxo, é uma prioridade que todas as mulheres merecem, já que uma criança pequena depende do equilíbrio emocional de sua mãe. Ao longo da história, as mulheres têm construído estruturas para nos garantir um apoio suficiente na hora da maternidade. Entrar com conforto no mundo externo não nos facilita a fusão nem a compreensão dos mundos sutis. Na verdade, estamos mais órfãos do que nossos avôs, em muitos casos. Se bem cada mulher reage de forma diferente durante o puerpêrio, uma mulher bem apoiada esta em melhores condições de segurar seu bebê.

A "doula" interpreta a experiência interior de cada mãe, acolhendo todas as mudanças invisíveis e traduzindo para a linguagem comum a experiência do puerpêrio. Ela não está para ajudar com o bebê, nem para oferecer bons conselhos, mas para acompanhar o mergulho no universo "yin".

Desde já mesmo, eu também espero que o trabalho de "doula" entre no inconsciente coletivo feminino. Que as mulheres "saibam" depois de dar à luz que naturalmente merecem chamar e solicitar uma "doula" em casa, para que abra as portas dos Mistérios da Maternidade e desperte em nós a intuição ancestral, a sabedoria e a alegria da transformação.

A "doula", portanto, representa o arquétipo da "Grande Mãe". Sua principal função é a de maternar à mãe para que, então, ela possa maternar o seu filho. Eu acho que as "doulas" como instituição podem se tornar um apoio fundamental para as mulheres no século XXI.

Extraído de “PUERPERIOS Y OTRAS EXPLORACIONES DEL ALMA FEMENINA”, pg. 113, Capítulo 5 – “Las doulas”.

Elena de Regoyos
(19) 9391 4134