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martes, 31 de mayo de 2011

Recomendações da OMS no Atendimento ao Parto Normal

Olá amigas!! Aí vão as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) no Atendimento ao Parto Normal, algo que nunca esta de mais lembrar... pelos menos nós, doulas, mães, grávidas, parteiras... e tudo aquel envolvido no movimento da humanização do parto.

Não esqueçam: o poder de escolha é seu, você pode fazer valer seus direitos. E os direitos de uma mulher no momento do seu parto vão muito além do que poderia parescer, pois estão em jogo a sua integridade física, sexual e emocional, como a do(s) seu(s) filho(s).

Recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) no Atendimento ao Parto Normal :

A) Condutas que são claramente úteis e que deveriam ser encorajadas

-Plano individual determinando onde e por quem o parto será realizado, feito em conjunto com a mulher durante a gestação, e comunicado a seu marido/ companheiro e, se aplicável, a sua família.

-Avaliar os fatores de risco da gravidez durante o cuidado pré-natal, reavaliado a cada contato com o sistema de saúde e no momento do primeiro contato com o prestador de serviços durante o trabalho de parto e parto.

-Monitorar o bem-estar físico e emocional da mulher ao longo do trabalho de parto e parto, assim como ao término do processo do nascimento.

-Oferecer líquidos por via oral durante o trabalho de parto e parto.

-Respeitar a escolha da mãe sobre o local do parto, após ter recebido informações.

-Fornecimento de assistência obstétrica no nível mais periférico onde o parto for viável e seguro e onde a mulher se sentir segura e confiante.

-Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto.

-Apoio empático pelos prestadores de serviço durante o trabalho de parto e parto.

-Respeitar a escolha da mulher quanto ao acompanhante durante o trabalho de parto e parto.

-Oferecer às mulheres todas as informações e explicações que desejarem.

-Não utilizar métodos invasivos nem métodos farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto e parto e sim métodos como massagem e técnicas de relaxamento.

-Fazer monitorização fetal com ausculta intermitente.

-Usar materiais descartáveis ou realizar desinfeção apropriada de materiais reutilizáveis ao longo do trabalho de parto e parto.

-Usar luvas no exame vaginal, durante o nascimento do bebê e na dequitação da placenta.

-Liberdade de posição e movimento durante o trabalho do parto.

-Estímulo a posições não supinas (deitadas) durante o trabalho de parto e parto.

-Monitorar cuidadosamente o progresso do trabalho do parto, por exemplo pelo uso do partograma da OMS.

-Utilizar ocitocina profilática na terceira fase do trabalho de parto em mulheres com um risco de hemorragia pós-parto, ou que correm perigo em consequência de uma pequena perda de sangue.

-Esterilizar adequadamente o corte do cordão.

-Prevenir hipotermia do bebê.

-Realizar precocemente contato pele a pele, entre mãe e filho, dando apoio ao início da amamentação na primeira hora do pós-parto, conforme diretrizes da OMS sobre o aleitamento materno.

-Examinar rotineiramente a placenta e as membranas.



B) Condutas claramente prejudiciais ou ineficazes e que deveriam ser eliminadas

-Uso rotineiro de enema.

-Uso rotineiro de raspagem dos pelos púbicos.

-Infusão intravenosa rotineira em trabalho de parto.

-Inserção profilática rotineira de cânula intravenosa.

-Uso rotineiro da posição supina durante o trabalho de parto.

-Exame retal.

-Uso de pelvimetria radiográfica.

-Administração de ocitócicos a qualquer hora antes do parto de tal modo que o efeito delas não possa ser controlado.

-Uso rotineiro da posição de litotomia com ou sem estribos durante o trabalho de parto e parto.

-Esforços de puxo prolongados e dirigidos (manobra de Valsalva) durante o período expulsivo.

-Massagens ou distensão do períneo durante o parto.

-Uso de tabletes orais de ergometrina na dequitação para prevenir ou controlar hemorragias.

-Uso rotineiro de ergometrina parenteral na dequitação.

-Lavagem rotineira do útero depois do parto.

-Revisão rotineira (exploração manual) do útero depois do parto.

C) Condutas freqüentemente utilizadas de forma inapropriadas

-Método não farmacológico de alívio da dor durante o trabalho de parto, como ervas, imersão em água e estimulação nervosa.

-Uso rotineiro de amniotomia precoce (romper a bolsa d’água) durante o início do trabalho de parto.

-Pressão no fundo uterino durante o trabalho de parto e parto.

-Manobras relacionadas à proteção ao períneo e ao manejo do polo cefálico no momento do parto.

-Manipulação ativa do feto no momento de nascimento.

-Utilização de ocitocina rotineira, tração controlada do cordão ou combinação de ambas durante a dequitação.

-Clampeamento precoce do cordão umbilical.

-Estimulação do mamilo para aumentar contrações uterinas durante a dequitação.

D) Condutas freqüentemente utilizadas de modo inadequado

-Restrição de comida e líquidos durante o trabalho de parto.

-Controle da dor por agentes sistêmicos.

-Controle da dor através de analgesia peridural.

-Monitoramento eletrônico fetal .

-Utilização de máscaras e aventais estéreis durante o atendimento ao parto.

-Exames vaginais freqüentes e repetidos especialmente por mais de um prestador de serviços.

-Correção da dinâmica com a utilização de ocitocina.

-Transferência rotineira da parturiente para outra sala no início do segundo estágio do trabalho de parto.

-Cateterização da bexiga.

-Estímulo para o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa ou quase completa, antes que a própria mulher sinta o puxo involuntário.

-Adesão rígida a uma duração estipulada do segundo estágio do trabalho de parto, como por exemplo uma hora, se as condições maternas e do feto forem boas e se houver progresso do trabalho de parto.

-Parto operatório (cesariana).

-Uso liberal ou rotineiro de episiotomia.

-Exploração manual do útero depois do parto.

domingo, 29 de mayo de 2011

Comparação entre os cangurus tradicionais e os slings ou cangurus ergonômicos



Hoje, muitas marcas conhecidas de puericultura oferecem ao público diferentes porta-bebê (prendas para carregar ao seu bebê no colo sem precisar de segurar ele com os braços) como “cangurus de nova geração” (BabyBjörn, Chicco, Bebé Confort, Jane, Graco ...).


Nos cangurus tradicionais a posição não é ergonômica nem para o bebê nem para o “portador” ou carregador
As principais diferenças entre eles e os slings tradicionais ou ergonômicos descritos nestas páginas (Red Canguro) são as posições tomadas pelo bebê ou criança quando são carregados em eles. Se você olha para um bebê que esta em um desses cangurus comerciais, podemos observar que a posição do quadril não é correta. Normalmente, vemos que as pernas da criança estão esticadas com respeito ao corpo, não flexionadas ao estilo "sapinho" (uma posição que favorece o desenvolvimento da articulação do quadril). Ao levar as pernas esticadas, o peso do bebê repousa sobre a área genital, em lugar de sobre a bundinha dele, e as costas adquirem uma posição não fisiológica.


Exemplo de canguru tradicional, as pernas do bebê não está posicionadas corretamente, o peso do bebê recai exclusivamente sobre a sua área genital

Exemplo de canguru ergonômico: a posição correta do quadril, joelhos mais altos do que a bunda, o bebê não esta pendurado, senão perfeitamente sujeito pelo tecido

 A posição "sapinho" consiste em levar o bebê ou criança as suas pernas abertas aproximadamente 45 ° em relação ao eixo corporal (abertura total de 90 ° entre as duas pernas), e o quadril flexionado de tal jeito que os joelhos fiquem a uma altura ligeiramente superior do que as nádegas. Isso garante que a cabeça do fêmur esteja perfeitamente encaixada dentro do acetábulo do quadril. E essa é a posição fisiológica, a posição ideal de “porteo” (carregar o seu bebê), para evitar problemas posteriores desta articulação. Esta técnica de porteo ajuda mesmo a resolver casos de displasia leve.

Uma boa maneira de saber se um bebê está posicionado corretamente, é que os pés dele possam ser vistos desde o outro lado. Se ele é carregado na posição ventral, eles sejam vistos quando o “portador” esteja de cotas, e se ele for carregado nas costas, os seus pés possam ser vistos na frente do “portador”.

Existem, também, slings de argolas pré-formados, de "nova geração", que podemos encontrar facilmente no mercado, nos quais você pode colocar o bebê em “posição berço” ou sentadinho, como em um sling de argolas tradicional ou pouch. Em estes slings, embora a posição correta do bebê pode ser alcançada, o ajuste não é completamente certo e o bebê pode acabar ficando muito baixo, além de ser mais desconfortável para o carregador.

Além disso, nas fotos promocionais deste tipo de slings de argola, muitas vezes as crianças aparecem olhando para a frente (face ao mundo). Esta posição é totalmente contra-indicada. Os motivos são que ela obriga a curvar as costas do bebê no sentido oposto ao fisiológico, além de ficar exposto a inúmeros estímulos diretos, sem possibilidade de recuo, já que não podem virar para se refugiar no colo da mãe. Além de causar desconforto para o carregador ou portador, já que o bebê tende, pela forma da sua coluna vertebral, a se afastar do corpo do portador, deslocando o centro de gravidade deste último, obrigando-o a mudar sua postura, com os conseguintes transtornos nos ombros, as costas e a sobrecarga do assoalho pélvico.



Posição correta em um “porta-bebê”: curvatura das costas em forma de “C”, pernas em “M” e joelhos mais altos do que o bumbum.

Posição errada em um “porta-bebê”: o bebê face ao mundo, as pernas penduradas forçando os quadris, costas retas, bebê muito baixo


As únicas "vantagens" que encontramos enquanto a este tipo de “porta-bebê” convencionais é que eles são muito mais fáceis de encontrar em qualquer loja de puericultura. As casas dedicadas aos produtos infantis têm procurado responder a demanda do mercado, mas em nossa opinião não se focaram nos aspectos mais importantes (ergonomia para o bebê e portador). Por outro lado, estas mochilas e slings de argola pré-formados geralmente só podem ser usados por pouco tempo, já que logo tornam-se desconfortáveis para o usuário. Em resumo, poderíamos dizer que, apesar de ter um design moderno e atraente, ainda faltam muitos aspectos a melhorar, coisas que os slings tradicionais (wrap, argolas, mei-tais, kangas...) já traziam incorporados.

Sobre a “Red Canguro”:Red Canguro , Associação Espanhola para a Promoção do Uso de “porta-bebê”, é uma associação sem fins lucrativos que foi criada em novembro de 2008 com o objetivo de promover a utilização de “porta-bebê” por mães e pais, e qualquer pessoa interessada, difundir informação relacionada, servir como contato e apoio para pessoas que desejam entrar no mundo dos slings, para incentivar encontros e trocas de informações e experiências entre os utilizadores da mesma, aumentando o nível de conhecimento do “porteo” (o carregação) de bebês em espanhol e promover e divulgar o “attachment parenting” ou criação consciente e respeitosa. Para obter mais informações sobre esses tópicos, visite http://www.redcanguro.org/

Extraído e adaptado de: Guia de escolha de slings, da Red Canguro. Tem Licença Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Sem Obras Derivadas 2.5 Espanha License.

Traduçao de Elena de Regoyos para MamaÉ
 
 

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domingo, 22 de mayo de 2011

A oficina do Taquaral foi muito legal gente!! Obrigada a todos!!

Umas fotinhos da oficina deste domingo no Taquaral, em parceria com as meninas do Samauma.

Muito obrigada a todos (Samauma, pais, mães, crianças na barriga e fora dela...) por comparecerem e por terem sido tão ativos e dispostos!! Foi demais!! Fico à sua disposição.

A próxima oficina (avançada) será no dia 1 de junho no Espaço Dar a Luz. Pensada para quem já usa e conhece o sling, aprederemos novos nós: nas costas, no quadril, na frente, nós para o calor, para crianças maiores... Mais informaçoes aqui.





Elena de Regoyos
(19) 9391 4134

sábado, 21 de mayo de 2011

Oficina avançada de slings no Espaço Dar a Luz, 1 de junho de 2011



 -Día: quarta-feira, 1 de junho.
-Hora: 15:00h - 16:30h
-Local: Espaço Dar a Luz (Rua Antônio Roge Ferreira, 33 - Jardim das Palmeiras- Campinas – SP)
-Contato:
Portar o seu bebê tem que ser bom e agradável para os pequenos para você. Não vale a pena manter ele em contacto a pele, com todos os seus benefícios, se um ou nenhum dos dois está confortável ao fazê-lo. Para fazer bom uso do seu sling é necessário, primeiro, aprender e praticar.
Você tem que controlar coisas como que a posição do bebê seja a adequada para o seu conforto físico e emocional; que a tensão do tecido do seu porta bebê seja a ideal, tanto para garantir a segurança do bebê quanto o nosso conforto na hora de usá-lo; e que estejamos usando um sling adequado às nossas necessidades e / ou as do nosso bebê.
  
Quando usamos freqüentemente um porta bebê, seja do tipo que ele for, e nos sentimos confortáveis ​​com ele, é interessante ampliar as possibilidades de uso a fim de poder aproveitar ele ao máximo.
É por isso que ofereço esta oficina avançada, destinada a pessoas que já usam e dominam os nós básicos do wrap sling e outros porta bebês. No caso contrário, é preferível primeiramente fazer a oficina básica.
  
Em esta oficina avançada vamos ver e praticar, portanto, os nós a seguir:
-Nó canguru na frente

  
-Nó canguru ao quadril e nó com bucle ao quadril
  
-Nó canguru às costas
  
-Outros (se há o tempo e/ou necessidade ou interesse específicos)
  
É aconselhável levar o seu próprio sling para praticar com ele, assim como ao seu(s) filho(s). E você pode levar algum boneco em tamanho real com o qual praticar antes de colocar o bebê, se você preferir.
  
Eu vou levar os meus próprios porta bebês, assim como alguns a mais para emprestar, no caso de alguém precisar.
  
Se alguém estiver interessado em reservar comigo um sling para eu levá-lo, por favor me avise com antecedência entrando em contato comigo (mamaedoula@gmail.com), por motivos de organização pessoal:
-Wrap Sling elástico Sleepy Wrap em várias cores, aqui.
-Canguru ergonómico Boba Baby Carrier, aqui.
 Elena de Regoyos
(19) 9391 4134

jueves, 19 de mayo de 2011

O PARTO É NOSSO!!

Como vocês sabem (ou não) eu sou espanhola, e sou jornalista. Pois bem, faz uns 6 anos eu trabalhava (lá em Madri) em um jornal, na secção de cinema, teatro... cultura em geral. Isso implicava passar quase todas as manhãs da semana no cinema, nos passes de imprensa dos novos filmes, com entrevistas posteriores, etc. Em uma delas, não lembro qual foi, mas era da realizadora Icíar Bollaín (muito conhecida lá e na Europa, ganhadora de vários prêmios) passaram depois uma curta dela... A curta era essa aí, "El parto es nuestro":



Após a curta ela, na entrevista que eu fiz com ela, me falou sobre o movimento "El parto es nuestro", uma organização lá da Espanha em prol da reapropriação do parto por parte das mulheres, das mães. O não sometimento ou submissão ao poder masculino ou poder médico, que tinham sido bem misturados após de décadas e séculos do exercício da medicina por parte quase exclusivamente masculina.



Bom, daí que eu, que sempre tinha sentido essa esquisita e incontenível atração pelos partos, me aproximei desse novo mundo que se abria ante os meus olhos: Parir em casa!! Não parir deitada!! Viver e até curtir um parto!! Tudo era demais!! Eu queria isso!!

Hoje eu posso dizer que eu pari em casa ao meu segundo filho graças, em grande parte, ao que comecei descobrir a partir desta curta e desta diretora de cinema, da Associação El Parto Es Nuestro... Eu sou doula, também, em grande medida graças a eles.

Obrigada.


O PARTO É NOSSO!!!

martes, 17 de mayo de 2011

Oficina de slings na Lagoa do Taquaral e slingada: domingo 22 de maio às 9:30h

MamaÉ, em parceria com Samauma, convida a todas as grávidas e mães interessadas à oficina de slings que terá lugar as 9:30h da manhã deste domingo, dia 22 de maio, na Lagoa do Taquaral (pela entrada principal), em Campinas.



Faremos a oficina, depois um pouco de dança seguida de uma caminhadinha gostosa com os bebês no slings bem ajeitadinhos, curtindo a manhã do domingo.

Será explicada a forma mais ergonômica de carregar um bebê, para favorecer o desenvolvimento fisiológico e emocional dele respeitando, além disso, o nosso próprio conforto. Mostraremos as peculiaridades dos diferentes tipos de slings e praticaremos com eles: wrap sling, sling de argolas, Mei-Tai, Pouch, Mochila ou canguru ergonômica, pano africano ou kanga...




É importante que, no caso de você tiver seus próprios slings, sejam do tipo que forem, os leve à oficina para praticar com eles e resolver dúvidas específicas que surgirem. Se não tem, não se preocupe, eu posso emprestar alguns dos meus durante a oficina.

Também é importante que tragam as suas crianças, assim poderão praticar e curtir com elas.

Em caso de estar grávida ou não ter bebê, seria recomendável trazer um boneco para praticar com ele. Até mães com bebês poderiam preferir levar o boneco para, primeiro, treinar com ele e, depois, já tentá-lo com o bebê.

Se alguma de vocês quer reservar algum dos slings em venda em MamaÉ para esse dia, é só avisar com tempo para eu levá-lo e assim vocês poderem contar com ele e já começar suas práticas in loco:

-Wrap Sling elástico Sleepy Wrap em várias cores, aqui.
-Canguru ergonómico Boba Baby Carrier, aqui.
-Contos infantis em defesa da criaçao respeituosa e aleitamento materno, aqui.

Programação:

9:30h “Concentração” e Piquenique - Nos encontramos na Entrada do Portão 2 (A entrada dos pedalinhos) tragam sua "toalha" ou canga e um lanche

10:00h Oficina de Slings (Elena de Regoyos)

10:30h DanSamaúma e Danças Circulares (com Larissa Carpintéro e Janaína Campos) e a participação especial dos músicos Ton e Bel (Grupo Bambuzero)

Em seguida sairemos para uma caminhada divulgando o Nascimento digno e a defesa pela “Maternidade Consciente”!

-Slings… nova moda ou beneficios reáis?
-Sling elástico Sleepy Wrap: características, uso e videos ilustrativos

Elena de Regoyos

viernes, 13 de mayo de 2011

Falsos mitos do aleitamento materno

Nunca esta demais relembrar que estes mitos sobre aleitamento, muitos deles bem incustrados nas crenças populares, não são mais do que isso: falsos mitos...



La Liga de la Leche é uma ONG internacional criada nos EUA, que hoje esta em praticamente no mundo inteiro. Teve sua origem em 1956 "pelo entusiasmo de sete mulheres norte-americanas, todas nutrizes, que se deram conta das dificuldades que suas amigas tinham em relação à amamentação. Começaram a se reunir em casa de uma ou de outra, sem imaginar que aquele trabalho voluntário em prol da amamentação teria resultado numa ONG que se espalhou por muitos e muitos países levando adiante o trabalho delas.

Hoje são aproximadamente 9.000 líderes que dedicam seu tempo livre divulgando os conhecimentos adquiridos e a filosofia de LLL porque todas acreditam que amamentar seja o melhor começo para os bebês".
 São reconhecidas no mundo inteiro como umas das melhores consultoras de aleitamento materno. Ser consultora de aleitamento materno da LLL é difícil, requer muito trabalho, dedicação e estudos.

Eis aqui um texto bem interessante publicado por Lisa Marasco, da LLL, sobre estes falsos mitos do aleitamento materno:
Por todo o mundo existem ideias, concepções ou certezas acerca da fase da amamentação. Umas apoiam as mães, dignificam-nas na sua ocupação, outras dificultam o desenvolvimento da amamentação ou interrompem precocemente e no final afectam a saúde e o desenvolvimento sadio dos bebés, uma vez que enchem de incertezas as mães. Escolhemos alguns mitos para comentar, de forma a tranquilizar as famílias.

Mito 1: Amamentar frequentemente reduz a produção de leite, produz um reflexo de ejecção débil e o fracasso da amamentação.
Realidade: A quantidade de leite que uma mãe produz chega a seu ponto óptimo quando é permitido à criança sadia mamar tantas vezes quanto necessite. O reflexo de ejecção de leite opera mais fortemente em presença de um bom fornecimento de leite que normalmente ocorre quando se pratica uma amamentação a pedido, isto é, sem impor horários.

Mito 2: Uma mãe necessita amamentar somente de quatro a seis vezes em cada 24 horas para manter uma boa quantidade de leite.
Realidade: Estudos científicos mostram que quando uma mãe amamenta frequentemente desde que a criança nasce, com uma média de 9,9 vezes em cada 24 horas durante os primeiros quinze dias, a sua produção de leite é maior, a criança ganha mais peso e a mãe amamentará por um período mais longo. A produção de leite tem sido demonstrada estar relacionada com a frequência das mamadas. A quantidade de leite começa a diminuir quando as mamadas são pouco frequentes ou restringidas. Não se deve esquecer que muitos bebés recém-nascidos mamam cada hora e meia ou cada duas horas, o que é normal e frequente.

Mito 3: As crianças obtêm todo o leite que necessitam durante os primeiros cinco a dez minutos de mamada.
Realidade: Ainda que muitos bebés maiores possam receber a maior parte de seu leite nos primeiros cinco a dez minutos da mamada, isto não é regra geral a todas as crianças. Os recém-nascidos, que apenas estão a aprender a amar, nem sempre são eficientes ao peito e geralmente necessitam de muito mais tempo para mamar. Poder mamar também depende do reflexo de descida do leite materno. Ainda que para muitas mães a descida do leite é quase imediata, para outras não. Em algumas mulheres, a descida de leite é escalonada, ocorre várias vezes durante uma só mamada. Em lugar de adivinhar, é melhor permitir que a criança mame até que mostre sinais de satisfação, tais como soltar o mamilo ou ter os braços e as mãos relaxadas.

Mito 4: As mães que amamentam devem espaçar as mamadas para que possam encher as mamas.
Realidade: Cada par mãe/filho é único e diferente. O corpo de uma mãe que amamenta está sempre a produzir leite. As suas mamas funcionam em parte como depósitos de reserva, alguns com maior capacidade que outros. Quanto mais vazia está a mama, mais rápido o corpo trabalhará para reabastecê-la. Quanto mais cheia está a mama, mais lenta será a produção de leite. Se uma mãe espera sistematicamente que suas mamas encham antes de amamentar, seu corpo pode receber a mensagem de que está a produzir leite em demasia e, por isso reduz a sua produção.

Mito 5: Na oitava semana de nascimento a criança necessita apenas de seis a oito mamadas; aos três meses requer apenas de cinco a seis mamadas; e aos seis meses, não mais do que quatro a cinco mamadas ao dia.
Realidade: A frequência das mamadas varia de acordo com vários factores: a produção de leite da mãe e sua capacidade de armazenamento (as mães com mamas maiores em geral têm maior capacidade de armazenamento), assim como as necessidades de crescimento da criança. Os dias em que se produzem picos de crescimento (dias de maior frequência) ou a criança está doente, os padrões de mamada dos bebés podem mudar temporariamente. É importante ter em conta que o consumo calórico da criança aumenta ao final da mamada, assim impor limites arbitrários sobre a frequência ou duração das mamadas podem levar a um consumo muito baixo de calorias por parte da criança.

Mito 6: É a quantidade de leite que o bebé consome, que determina quanto tempo uma criança aguenta entre as mamadas, independentemente se é leite materno ou de fórmula.
Realidade: Os bebés amamentados esvaziam o estômago mais rapidamente que os alimentados com biberão: aproximadamente uma hora e meia em vez de até quatro horas. Isto se deve ao tamanho muito menor das moléculas de proteínas que formam parte do leite materno, que são digeridas com maior rapidez. Ainda que a quantidade de leite consumido seja um dos factores que determina a frequência das mamadas, o tipo de leite é de igual importância. Estudos antropológicos dos leites produzidos pelos diversos tipos de mamíferos confirmam que os bebés humanos estão preparados para receber alimento com frequência e que assim tem sido feito através da história.

Mito 7: Nunca desperte o bebé que dorme.
Realidade: Ainda que seja verdade que a maioria dos bebés mostram quando tem fome, é possível que os recémnascidos não acordem tão frequentemente quanto necessitem, por isso é necessário despertá-los para que mamem pelo menos oito vezes em cada 24 horas. Talvez não acordem por causa dos medicamentos que a mãe recebeu durante o parto, por icterícia, trauma, uso de chupeta, medicamentos maternos ou comportamento introvertido por parte dos bebés quando têm que esperar quando dão sinais de fome. Além do mais, as mães que querem aproveitar a infertilidade natural que produz a amenorreia durante a amamentação comprovam que o regresso da menstruação demora mais quando a criança continua a mamar de noite.

Mito 8: O metabolismo do bebé está desorganizado ao nascer e requer que se imponha uma rotina ou horário para ajudar a resolver esta desorganização.
Realidade: Os bebés nascem programados para mamar, dormir e ter períodos de vigília. Não é um comportamento desorganizado, mas um reflexo das necessidades únicas de cada recém-nascido. Com o decorrer do tempo os bebés adaptam-se gradualmente ao ritmo de vida do seu novo ambiente sem precisar de treino nem ajuda.

Mito 9: As mães que amamentam devem oferecer sempre ambas as mamas em cada mamada.
Realidade: É muito mais importante deixar que o bebé termine de mamar no primeiro lado antes de oferecer o segundo, ainda que isto signifique que recuse o segundo lado durante essa mamada. O último leite (que contém mais calorias) obtém-se gradualmente conforme a mama vai esvaziando. Ocorre que ao trocar-se de lado prematuramente, o bebé mamará apenas o primeiro leite, mais baixo em calorias, em vez de obter o equilíbrio natural entre o primeiro e segundo leite. Como resultado, o bebé não se satisfará e perderá peso, e provavelmente terá cólicas. Apenas durante as primeiras semanas, muitas mães oferecem ambas as mamas em cada mamada para ajudar a estabelecer o fornecimento de leite.

Mito 10: Se um bebé não aumenta bem de peso, é porque o leite de sua mãe é de baixa qualidade.
Realidade: Os estudos mostram que mesmo as mulheres desnutridas são capazes de produzir leite de suficiente qualidade e quantidade para suprir as necessidades de crescimento do bebé. Na maioria dos casos, o pouco peso deve-se ao consumo insuficiente de leite materno devido a horários restritos, a uma inadequada sucção ou a um problema orgânico do bebé.

Mito 11: Quando uma mulher tem pouco leite, geralmente é devido ao stress, a fadiga ou ao baixo consumo de alimentos e de líquidos.
Realidade: As causas mais comuns de pouco leite são: mamadas pouco frequentes e/ou problemas com a pega e postura do bebé ao mamar. Ambos os problemas são devido em geral à informação incorreta que recebe a mãe que amamenta. Os problemas de sucção do bebé também podem afectar de forma negativa a quantidade de leite que a mãe produz. O stress, a fadiga ou a má nutrição raramente são causas de baixa produção de leite, já que o corpo humano desenvolveu mecanismos de sobrevivência para proteger o lactente em tempos de fome extrema.

Mito 12: Uma mãe deve tomar leite para produzir leite.
Realidade: Uma dieta saudável e balanceada que contenha verduras, frutas, cereais e proteínas é tudo o que uma mãe necessita para nutrir-se adequadamente e produzir leite. O cálcio pode ser obtido de uma grande variedade de fontes não relacionadas com lácteos, como os legumes, sementes, frutas secas e pescados como sardinha e salmão com espinha. Nenhum outro mamífero toma leite para produzir leite.

Mito 13: Sugar sem o propósito de alimentar-se (sucção não nutritiva) não tem objectivo.
Realidade: As mães com experiência em amamentação aprendem que os padrões de sucção e as necessidades de cada bebé variam. Ainda que as necessidades de sucção de alguns bebés sejam satisfeitas primordialmente quando mamam, outros bebés requerem mais sucção ao peito, mesmo quando tenham acabado de mamar a alguns minutos. Muitos bebés também mamam quando têm medo, quando se sentem sós ou quando sentem alguma dor.

Mito 14: As mães não devem ser a chupeta de seu filho.
Realidade: Consolar e suprir as necessidades de sucção ao peito é o que preparou a natureza para mães e filhos. As chupetas são um substituto da mãe quando ela não está. Outras razões para oferecer a mama para acalmar o bebé incluem um melhor desenvolvimento oral e facial, o prolongamento da amenorreia, evitar a confusão de sucção e estimular uma produção adequada de leite que assegure um índice mais elevado de êxito da amamentação. Além disso, um bebé tranquilo que encontra consolo em sua mãe, terá um desenvolvimento emocional fortalecido.

Mito 15: A confusão bico artificial-mamilo não existe.
Realidade: A alimentação ao peito e a alimentação por biberão requerem diferentes técnicas orais e motrizes. Como resultado, alguns bebés desenvolvem a confusão de sucção e usam técnicas não adequadas para mamar na mama quando lhe são oferecidos biberão e mama. Isto faz com que não sejam eficientes a mamar e por vezes causam fissuras nos mamilos.

Mito 16: A amamentação frequente pode dar lugar à depressão pós-parto.
Realidade: Acredita-se que a causa da depressão pós-parto sejam as alterações hormonais que se surgem depois do nascimento do bebé e que podem acentuar-se pela fadiga e pela falta de apoio. Entretanto, ocorre em mulheres que tenham apresentado problemas anteriores a gravidez. Por outro lado, sabe-se que as mulheres que amamentam apresentam com menos frequência depressão pós-parto.

Mito 17: Amamentar o bebé a livre pedido não facilita o vínculo materno.
Realidade: Responder de forma sensível e rápida aos sinais do bebé une a mãe ao seu filho, de tal maneira que eles se sincronizam, criando assim um vínculo maior. Paralelamente, um bebé que não chora porque é atendido prontamente, não gera situações de stress familiar devido ao seu pranto.

Mito 18: As mães que mimam muito seus filhos e os levam muito nos braços, os deixam mal acostumados.
Realidade: Os bebés que são levados nos braços frequentemente choram menos horas ao dia e mostram maiores traços de segurança ao crescer. Os bebés necessitam da segurança dos braços de sua mãe mais do que imaginamos.

Mito 19: É importante que os demais membros da família alimentem o bebé para que também eles desenvolvam um vínculo.
Realidade: Alimentar o bebé não é a única forma com que os demais membros da família podem aproximar-se do bebé. Pegar, acariciar, dar banho e brincar com o bebé são muito importantes para o seu crescimento e desenvolvimento, assim como para o vínculo com os demais.

Mito 20: O facto de que seja o bebé quem dirige a sua alimentação (com a amamentação a livre pedido) tem um efeito negativo sobre a relação do casal.
Realidade: Os pais maturos dão-se conta de que as necessidades do recém-nascido são muito intensas, mas também, que diminuem com o tempo. De facto, o trabalho em equipe que se realiza ao cuidar de um recém-nascido pode unir o casal quando ambos aprendem a ser pais juntos.

Mito 21: Alguns bebés são alérgicos ao leite materno.
Realidade: O leite materno é a substância mais natural e fisiológica que o bebé pode ingerir. Se o bebé mostra sinais de sensibilidade relacionados com a alimentação, em geral deve-se a alguma proteína alheia (dieta da mãe) que conseguiu entrar no leite materno, e não ao leite materno em si. Isto soluciona-se facilmente eliminando o alimento ofensivo da dieta materna durante um tempo.

Mito 22: A amamentação muito frequente causa obesidade no bebé quando ele cresce.
Realidade: Estudos científicos mostram que os bebés amamentados autocontrolam os seus padrões alimentares e a quantidade que ingerem, já que tendem a consumir a quantidade de leite adequada para seu próprio organismo. É a alimentação com leite artifical e a introdução precoce de alimentos complementares a causa dos que se vêem afectados de obesidade ao crescer, não o aleitamento natural.

Mito 23: Dar de mamar quando o bebé está deitado causa infecções de ouvido.
Realidade: Por ser o leite materno um fluido vivo e cheio de anticorpos e imunoglobulinas, o bebé que mama tem menor probabilidade de desenvolver infecções de ouvido, independentemente da postura que utilize. Quando a mãe amamenta sentada, o bebé também está na posição horizontal em seus braços. Além do mais, a disposição dos músculos no momento de sugar fecha a comunicação com o ouvido.

Mito 24: A amamentação prolongada por mais de 12 meses fica sem valor, já que a qualidade do leite materno começa a diminuir a partir dos seis meses de vida.
Realidade: A composição do leite materno muda de acordo com as necessidades do bebé conforme este cresce. Mesmo quando o bebé já é capaz de receber outro tipo de alimento, o leite materno é a sua fonte primordial de nutrição durante os primeiros doze meses. Converte-se em complemento dos alimentos ao segundo ano de vida. Além disso, o sistema imunológico do bebé demora entre dois e seis anos para se completar. O leite materno continua a complementar e a ajuda o sistema imune enquanto o bebé mamar. Investigações recentes nos mostram que o leite materno é mais rico em gordura e energia depois de um ano de amamentação: contém quase 12% mais calorias que o leite de uma mãe de um recém-nascido. Ocorre da mesma maneira com os factores protectores.

Fonte: Liga de La Leche, Lisa Marasco, Illinois, Estados Unidos. Nuevo Comienzo Out.-Dez/2005
Tradução Brasileira: Pajuçara Marroquim; Adaptação Portuguesa: BioNascimento

-"Amamentação é como beijos ou carícias, um momento de calma no turbilhão do dia"
-Contos infantis pro-aleitamento materno e criação com apego (attachment parenting)
-O sono dos nossos filhos e as conseqüências de deixá-los chorar

martes, 10 de mayo de 2011

O melhor plano de parto, completo em um vídeo só

O povo da Clínica Primavera, da Fundación Parto Humanizado de Ecuador, sempre faz uns belos vídeos, além de completísimos.



Eu acho que dá para entender, mas ai vai uma tradução:

Parto humanizado, nascimento com direito

As mulheres têm direitos e opções no momento do parto, você sabe quais sao?

As mulheres têm o direito de ter acesso fácil a informações sobre o processo do parto natural e amamentação

Direito a uma experiência digna, sagrado, gratificante, profunda e com amor.

Nunca o parto é um trabalho rotineiro e mecânico.

Direito de se movimentar, falar, cantar, gritar, se colocar na posiçao desejada

Direito a um parto em privacidade física e emocional, íntimo e tranquilo

O períneo deve ser protegido sempre que possível. Não se justifica o uso rotineiro de episiotomia

Direito de escolher quem acompanhara o seu parto e de ficar sozinhas quando assim queiram. O pessoal de saúde deve respeitar a sua privacidade

Direito de permanecer juntos mãe e bebê em uma atmosfera de tranquilidade, durante o tempo que for preciso. Direito de tocar, carregar e amamentar...

Direito de não induzir o seu parto sem justificação
Direito a não ser submetida a cesariana por conforto ou conveniência. Mesmo depois de cesariana anterior
O recém-nascido saudável deve permanecer com a sua mãe, sempre que possível . Separação do bebê saudável não se justifica.

A amamentação inmediata deve ser recomendada, mesmo antes da mae abandonar a sala de partos

Direito a um início de vida com amor, paz, harmonia, sem ser submetido a mudanças bruscas

Os direitos das mulheres e seus bebês no parto e nascimento são universais e inalienáveis
Um nascimento com respeito e consciencia criará seres madurecidos, serenos e equilibrados

lunes, 9 de mayo de 2011

Oficina de slings no Espaço Dar a Luz porque... Chegaram as novas cores de Sleepy Wrap!!

Estou feliz, acabaram de chegar os novos slings lá dos EUA!! Todo um banho de cores novas para os seus bebês!! Hehehehehe. Tem roxo, verde, laranja, azul Royal, cinza, bege, preto...




Reserve a sua, que voam!!

E para curtir e estrear os novos Sleepys, em esta quarta feira terá oficina de slings no Espaço Dar a Luz, de Lucía Caldeyro, às 14h, justo antes da aula de Sling Gym da Luciene. Esperamos vocês lá!!

jueves, 5 de mayo de 2011

I Encontro de Apoio ao Aleitamento: "Falsos mitos do aleitamento materno"

Mamis, grávidas, interessadas em geral... Estão todas vocês convidadas ao I Encontro de Apoio ao Aleitamento Materno organizado por MamaÉ, no Céu Aberto, de Barao Geraldo. O tema a tratar será o seguinte: “Falsos mitos do aleitamento materno”.

Serão tratadas as dúvidas ao respeito, compartilhadas as experiências próprias e alheias, escutados os desabafos, enxugadas as lágrimas e acompanhados os risos.

Espero vocês lá!!

MamaÉ doula & slings
Convida a mães e grávidas para o
I Encontro de Apoio ao Aleitamento Materno:
“FALSOS MITOS DO ALEITAMENTO MATERNO”
-Como consigo aumentar minha quantidade de leite?
-Meu filho esta mamando suficiente?
-Será que o meu leite alimenta depois do primeiro ano...? E depois do segundo?
-Posso amamentar gêmeos?
-“Sob livre demanda...” Cada quantas horas e por quanto tempo é isso exatamente?
-Decidi não amamentar por falta de informação... Será que ainda posso tentá-lo?
-Conseguiria amamentar um filho adotado?

Resolva essas e outras possíveis dúvidas em companhia de outras mães com as que poder trocar experiências, dicas, risos, desabafos...
Dia: 26 de maio de 2011 / Hora: 9:00 – 11:00
Investimento: gratuito
Local: Céu Aberto. (Rua Eng. Edward de Vita Godoy, 828 Barão Geraldo, Campinas).

Mais informações: www.mamaedoula.blogspot.com / (19) 9391 4134 / mamaedoula@gmail.com
(Elena de Regoyos é doula, orientadora de slings e de aleitamento materno)

miércoles, 4 de mayo de 2011

"Amamentação é como beijos ou carícias, um momento de calma no turbilhão do dia"


Fico feliz da colaboração entre a ONG Save The Children e o meu admiradíssimo pediatra espanhol Carlos González, autor de livros como "Bésame Mucho", "Un regalo para toda la vida, guía completa de lactancia materna", "Comer, amar, mamar" e "Mi niño no me come". Ele é um máximo no aleitamento materno, tomara que tivessem mais pediatras como ele...

Traduzido diretamente do site de Save The Children.

Carlos Gonzalez é pediatra e presidente da ACPAM, Associação Catalana Pro-Aleitamento Materno. É também uma das vozes mais conhecidas em métodos não-conductistas, conhecido como “attachment parenting”.

"A amamentação é essencial em qualquer plano de saúde materno-infantil. Reduz o risco de diarréia, infecções respiratórias, otites, meningite por Haemophilus e muitas outras infecções, bem como diabetes, síndrome da morte súbita infantil, obesidade e outros problemas de saúde.
Na mãe, a amamentação está associada a um menor risco de câncer de mama e câncer de ovário e de longo prazo com a redução de fraturas por osteoporose, por retardar o reinício da menstruação ajuda a economizar ferro e protege contra anemia, e produz de forma natural um espaçamento entre uma gravidez e outra que melhora a saúde e alivia a carga de trabalho da mãe, facilitando a sobrevivência de seus filhos. A UNICEF estima que, neste momento, a amamentação salva a cada ano seis milhões de vidas e pode salvar, no mínimo, um milhão a mais, se a amamentação até pelo menos dois anos (combinado com outros alimentos a partir de seis meses) se tornasse um costume generalizado.

No entanto, as mulheres têm amamentado durante milhões de anos sem saber todas estas "vantagens". E foi, justamente no século que estas vantagens têm sido descobertas, e nos países onde foram descobertas, onde a alimentação artificial se estendeu para relegar, faz algumas décadas, o aleitamento materno a uma situação quase anedótica da qual, felizmente, já esta se recuperando.

Temos de fugir da visão reducionista que vê a amamentação como uma ferramenta de saúde, como "o melhor alimento e remédio ideal", uma posição que muitas vezes leva à promoção do aleitamento materno como um direito (pior ainda, um "dever sagrado") da mãe. Amamentar é muito mais importante, muito mais profundo e mais poderoso do que um alimento ou medicamento.

Os argumentos médicos são os únicos, por exemplo, no caso das vacinas. Nós usamo-los apenas porque protegem contra a doença, que é a razão pela qual os profissionais as recomendam, o governo as distribui e as administram os pais. Ninguém usaria uma vacina se não acreditasse que protege contra uma doença.


Mas a amamentação é muito mais. Isto é o que a mãe e a criança estão preparadas para fazer instintivamente. Basta deixar o recém nascido no corpo da mãe, em contato pele a pele durante, pelo menos, um par de horas, e quase todos espontaneamente rastejam em direção ao peito e começam mamar.

A amamentação é uma demonstração física de afeto, como beijos ou carícias; é contato contra a solidão, conforto para o sofrimento, um momento de calma no turbilhão do dia. É o orgulho de se sentir única, insubstituível, plena, triunfante perante os obstáculos, adorada por seu filho.

Amamentar não é um dos sacrifícios que fazemos para prolongar a vida, senão uma das razões pelas quais queremos viver. Não é um meio para um fim, mas um fim em si.

Temos que reconhecer que os argumentos que motivam um médico ou um planejador de saúde para recomendar a amamentação não são as mesmas que levam uma mãe a amamentar. A maioria das mães que amamentam seus filhos, o fazem sem ter recebido a indicação do seu médico. Ou ainda, infelizmente, o fazem contra o conselho de seu médico.

Rotinas hospitalares obsoletas, a separação após o nascimento, o uso desnecessário de suplementos de leite artificial, as absurdas limitações de horários, freqüências e duração das mamadas, a obsessão para que toda criança ganhe peso acima da média (uma impossibilidade matemática) e falta de formação de muitos profissionais na hora de ajudar a resolver as dificuldades da amamentação (rachaduras, infecções, baixo ganho de peso...) têm feito que muitas mães percam esta importante etapa de suas vidas. Erros que tiveram conseqüências ainda mais graves quando as práticas ocidentais foram levadas para os países em desenvolvimento.

A recuperação da amamentação não vai acontecer convencendo as mães de suas vantagens, senão mudando as práticas hospitalares ("Hospital Amigo das Crianças"), melhorando a formação dos profissionais, fornecendo informações práticas, promovendo grupos de ajuda mútua, impedindo à indústria a propaganda enganosa e ampliando a licença de maternidade e outros direitos das mulheres que trabalham fora de casa".

domingo, 1 de mayo de 2011

O que fazem as mães... Principalmente quando parece que não fazem nada

Em esses dias difíceis, desgastantes, sozinha com os meus filhos aqui em casa (como é habitual), costumo desabafar com a minha mãe a través do Skype. Eu lembro com clareza de um dia que eu falava assim para ela: “mãe, não consigo fazer nada, não consigo estudar para as provas, não consigo cozinhar, a casa esta daquele jeito... nem consigo brincar com eles direito”.

Minha mãe aquele dia conseguiu me acalmar com uma frase só, uma frase falada desde a experiência de uma mulher que criou 9 filhos. Ela disse assim: “você fala que não faz nada, mas cuidando e criando aos seus filhos você esta fazendo a carreira mais importante da sua vida”.

Eu senti meu esforço diário reconhecido (aliás, reconhecida pela minha mãe é muito mais do que reconhecida por qualquer outra pessoa), me senti reconfortada, e deixei de pensar que eu “não estava fazendo nada”. Pois estava fazendo, sim, coisas bem importantes.

Mas como é importante esse reconhecimento... assim como a falta dele, quando os outros (as vezes dentro de casa até) realmente pensam, de fato, que uma mãe “não esta fazendo nada” enquanto cuida dos seus filhos.

Visando o meu trabalho sobre a solidão das mães na sociedade atual, me foi fortemente recomendado um livro que ainda não comprei, mas sobre o qual já consegui pesquisar um pouco. Achei ótimo e, com certeza, muito indicado para todas vocês, mães, agora que chega a comemoração oficial do nosso dia...


Eu traduzi um fragmento do livro, “O que fazem as mães... Principalmente quando parece que não fazem nada”, da Psicoterapeuta Naomi Stadlen.

Espero que se sintam identificadas, valorizem seu trabalho diário e possam comemorar com mais consciência e orgulho ainda.

Parabéns a todas!!




A maioria das pessoas concorda com que ser mãe é um trabalho árduo. Mas qual é exatamente o trabalho de uma mãe? Em isso há menos acordo. As pessoas parecem pensar que cuidar de um bebê não tem nada a ver com o trabalho que é suposto para ser mãe.

Por exemplo, imagine uma mãe que está lavando a roupa de seu bebê. Sabe que o seu filho está dormindo, mas pode acordar a qualquer momento. De fato, alguns minutos depois a criança começa a chorar, então a mãe seca as suas mãos e vai rapidamente pegá-lo. Parece que ele esteja alterado, assim que o nina por um tempo. Então se pergunta se talvez ele tivesse tido um sonho ruim e começa a cantar uma música que gosta e consegue animá-lo. Qual dessas atividades é o seu trabalho?

A maioria das pessoas diria que para lavar as roupas é o seu trabalho, e que ao pegar seu bebê teve que parar de trabalhar. As mães muitas vezes falam de um doloroso sentimento de "fracasso" nos momentos em que, se prestarmos atenção, nós percebemos que elas estão cuidando de seus filhos. O outro também é verdadeiro.

Quando uma mãe está ocupada com tarefas concretas e visíveis, mas de aparência secundária respeito das tarefas maternas, é provável que ela e outros digam que ela esta "conseguindo trabalhar."

Hoje, uma mãe pode se sentir muito sozinha. A maioria das pessoas não estão cientes do que ela faz. Isto não é porque a maternidade mudou. Os elementos essenciais da maternidade parecem estar inalterados. Mas o mundo que rodeia a mãe está sempre mudando.

No entanto, as mães não podem deixar um vácuo social. Ser mãe é uma função privada e social. Cada mãe constrói uma ponte que liga o seu filho com a sociedade que todos nós compartilhamos. Se é uma boa ponte, o seu filho pode usá-la para acessar o mundo exterior. Essa ponte é baseada no seu relacionamento. Se você consegue se relacionar bem com seu filho, ele terá a oportunidade de se tornar uma pessoa que vai se relacionar bem com a gente. O conjunto da nossa sociedade depende de como cada mãe e filho se relacionam. Esse é o trabalho materno.

A maioria das mães estão muito preocupadas com que as pessoas ao seu redor aprovem aos seus filhos. A resposta casual de uma outra pessoa pode afetar a mãe durante o dia todo. Mas como as pessoas podem comunicar suas reações de forma responsável, se eles não percebem o que uma mãe faz ao cuidar de seu filho? Não que eles não se importem.

A maioria das pessoas tem uma opinião muito clara sobre como devemos educar nossos filhos. Mas quando eles vêem uma mãe sentada tranquilamente com seu bebê, não conseguem ver nada específico. Não é a idéia que tem a maioria das pessoas do trabalho de uma mãe.

Esta falta de compreensão é mais evidente se considerarmos uma criança um pouco mais velha. Por exemplo, podemos observar uma mãe e seu filho em um supermercado. A mãe está lidando com isso de várias maneiras ao mesmo tempo. Ela esta mostrando o comportamento considerado adequado para um garoto da sua idade, em um lugar público. Está demonstrando também como se comportar em um supermercado ao dizer-lhe para não jogar as coisas fora das prateleiras e que não é para encher a cesta com tudo o que tenha ao alcance da mão, senão que os produtos são escolhidos e pagos por eles.

Ela está mostrando para ele seus valores pessoais para comprar, por exemplo, através de cálculo de preços, ou dando prioridade à velocidade e mostrando como ela se relaciona com os funcionários. Não sendo ensinado em sentido estrito, mas compartilhando seu mundo com ele, e isso é desgastante. Tudo custa o dobro do tempo, e deve continuamente desviar a atenção do mundo dos adultos de compras, para o mundo infantil do pequeno companheiro. Se houver algum conflito, você tem que mediar entre estes dois mundos.

Mas agora chegamos a uma falta de compreensão. Se você perguntar para a mãe ao supermercado que eles estão fazendo, certamente responderia: "compra". Se perguntarmos aos outros compradores e aos funcionários o que eles acham que está fazendo a mãe, a maioria diria "comprar". No entanto, a mãe está fazendo dois trabalhos, não apenas um.

O segundo é um trabalho silencioso, que deriva do primeiro. Ele não tem um nome específico. Quando uma criança começa a escola, os professores falam sobre a importância da "socialização". No entanto, quando uma mãe socializa a criança de forma gradual fazendo muitas outras coisas, não é levado em conta, porque todo mundo pensa que esse ato é apenas "comercial".

Se a atividade da mãe limita-se a "comprar", entao a companhia de seu filho vira um impedimento. Ela a força a ir mais devagar e a impede de fazer as coisas com a sua habitual eficiência. Mas se nós reconhecemos que tudo isso é parte de seu trabalho, podemos redefinir a sua tarefa de "cuidar e comprar." Isso daria ao seu filho uma posição legítima em suas ações. Ele explica também que uma mãe possa ficar tão cansada e irritada após a compra. Dois trabalhos são mais do que um.

E é ainda mais difícil se você ignorar o segundo e acredita ter feito apenas o primeiro. Em vez de estar satisfeita por ter combinado duas funções razoavelmente bem, geralmente acaba com raiva de si mesma por ter feito apenas uma, e aparentemente errada.

Quando a mãe e o filho chegam em casa, costumam aparecer outros exemplos dessa falta de entendimento. Quando ela faz compras, vê os resultados de seus esforços. Mas olhando para o seu filho, você não vê uma grande mudança. Você tentou ser paciente com ele, mas parece cansado e irritado, e ele pode estar com fome. O que tem servido todos os esforços maternos?

Como uma mãe lamentou: "Quando você está trabalhando, você sabe o que você fez durante o dia. Você tem feito muitas ligações, escreveu muitas cartas e conta com provas de tudo isso. Mas quando eu olho meu filho, depois de trabalhar o dia todo, eu penso: Onde está a diferença? Para onde foi todo o meu esforço materno?”Não desapareceu, mas é difícil de reconhecer. É lá, na frente dela. Seu filho está com raiva, neste caso, pode ser porque ele tem cuidado bem. Não está zangado com ela, mas para ela. A diferença é crucial, mas fácil de entender mal. Uma criança irritada depende de sua mãe, e espera coisas dela. Espera mais dela do que de outros porque ela esta perto dele e parece que tem mais capacidade de compreendê-lo. Normalmente ele tem certeza de que sua mãe vai resolver tudo.

"Um bebê que chora muito pode fazê-lo porque tem uma relação estreita com a mãe”, apontavam dois perspicazes pesquisadores de um hospital de Londres. Mas isso vai contra uma suposição cultural generalizada segundo a qual, se um bebê chora muito e uma criança faz birra para sua mãe é porque o relacionamento é ruim. Portanto, infelizmente, a maioria das mães não consideram como um elogio que os seus filhos chorassem ou ficassem zangados. Raiva infantil, que poderia indicar o quanto eles confiam em suas mães, muitas vezes é interpretado como evidência de falha materna.

Os bebês normalmente não confirmam que as mães fazem as coisas direito. Para tranqüilizar a mãe que seu filho, ocasionalmente, poderia dizer: "Se anima, mãe! Você está se relacionando muito bem comigo”. Mas os bebês não podem fazer isso. A mãe pode se sentir muito sozinha e incompreendida nessas primeiras semanas. (...)

Uma intensa desorientação
As frases mais repetidas pelas mães são "não faço nada" e "não consigo fazer nada". Assim é como elas descrevem a sua experiência. Devemos ouvir cuidadosamente e perguntar o que significa "fazer nada". Antes era suposto falta de "fazer algo". Mas ouvir o que as mães dizem, parece que é uma experiência em si. (...)

Quando a mãe considera sua maneira de usar o tempo como "não fazer nada" é incapaz de ver o que ele faz como parte de uma mudança desejável e significativa. Como não há mudança, pode pensar que a ação (ou omissão) para ficar com seu bebê materno não tem valor.

Isto contrasta com a opinião popular que as mães estão sempre ocupadas. A "mãe ocupada" é quase um clichê. Esse termo sugere uma série de ações úteis e visíveis. Mas a vida de um bebê durante os primeiros seis meses não pode ser ativa em absoluto. É geralmente lenta.

Por exemplo, uma mãe não pode apertar um botão para a aceleração quando estiver amamentando seu filho. Ele mama, pára, olha para sua cara por um tempo, continua mamando, fecha os olhos e adormece, mas acorda imediatamente para continuar mamando se ela se move. Ocupada? Até a sua mente parece ir devagar. Mais tarde ela pode ficar um pouco ocupada limpando, organizando e fazendo ligações. Mas estas ações são menos relacionadas com o fato de ser uma mãe. Têm mais a ver com o cuidar da casa, o resto da família e de si mesma.

Todo esse tempo ela permanece com o seu bebê. Esse relacionamento invisível é que a faz pensar que "não faz nada". Em vez de lidar com uma longa lista de tarefas, reduziu o seu ritmo de vida para se adaptar ao seu bebê. Para alguém acostumado com a velocidade da vida urbana, o contraste é enorme.

Ela também tem que renunciar à sua consciência ativa e ter acesso a alguma coisas mais simples e mais antiga para abordar o mundo com seu bebê. Não é fácil. No entanto, aí achamos a chave para essa relação transcendental entre os dois. Longe de ficar fazendo nada, está fazendo tudo.
Site oficial: Naomi Stadlen