Como vocês sabem (ou não) eu sou espanhola, e sou jornalista. Pois bem, faz uns 6 anos eu trabalhava (lá em Madri) em um jornal, na secção de cinema, teatro... cultura em geral. Isso implicava passar quase todas as manhãs da semana no cinema, nos passes de imprensa dos novos filmes, com entrevistas posteriores, etc. Em uma delas, não lembro qual foi, mas era da realizadora Icíar Bollaín (muito conhecida lá e na Europa, ganhadora de vários prêmios) passaram depois uma curta dela... A curta era essa aí, "El parto es nuestro":
Após a curta ela, na entrevista que eu fiz com ela, me falou sobre o movimento "El parto es nuestro", uma organização lá da Espanha em prol da reapropriação do parto por parte das mulheres, das mães. O não sometimento ou submissão ao poder masculino ou poder médico, que tinham sido bem misturados após de décadas e séculos do exercício da medicina por parte quase exclusivamente masculina.
Bom, daí que eu, que sempre tinha sentido essa esquisita e incontenível atração pelos partos, me aproximei desse novo mundo que se abria ante os meus olhos: Parir em casa!! Não parir deitada!! Viver e até curtir um parto!! Tudo era demais!! Eu queria isso!!
Hoje eu posso dizer que eu pari em casa ao meu segundo filho graças, em grande parte, ao que comecei descobrir a partir desta curta e desta diretora de cinema, da Associação El Parto Es Nuestro... Eu sou doula, também, em grande medida graças a eles.
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