Páginas

martes, 26 de julio de 2011

El doctor Emilio Santos Leal habla sobre el parto en casa / O Dr. Emilio Santos Leal fala sobre o parto domiciliar

MamaÉ doula & slings entrevista al doctor Emilio Santos Leal, psiquiatra y ginecólogo especializado en la asistencia al parto domiciliar, que cuenta todo lo que te puede interesar sobre qué es, qué hace falta, qué beneficios tiene, los posibles inconvenientes, las precauciones que hay que tomar y/o cuánto cuesta un parto en casa.

MamaÉ doula & slings entrevista o Dr. Emilio Santos Leal, psiquiatra e ginecologista especializado na asistencia ao parto domiciliar. Ele explica tudo aquilo no que você poderia estar interessada ao respeito do que é, o que é preciso ter, quais são os benefícios, as desvantagens potenciais, as precauções a serem tomadas e / ou quanto custa um parto em casa.



Entrevista realizada por:
Elena de Regoyos
(19) 9391 4134

martes, 19 de julio de 2011

"Dois peitos e três bocas… Ai se eu tivesse uma terceira mama!” / Entrevista a uma mãe que amamenta as suas filhas gêmeas e a uma terceira filha em ‘tri-tandem’

Muitas vezes as mães que amamentam sentem-se questionadas (inclusive por profissionais da saúde) sobre se elas “terão leite suficiente”, ou se elas “amamentam por um tempo excessivo”. Também, alguns mal informados consideram uma aberração amamentar um filho estando grávida do seguinte, ou mais além: amamentar dois filhos em ‘tandem’ (continuar amamentando o mais velho e também o bebê que chegou depois). Muitas poucas pessoas, também, têm coragem de tentar um aleitamento exclusivo quando elas têm filhos gêmeos (desinformação, falta de confiança, preguiça ou pressão social?). Lamentavelmente esta falta de confiança própria e alheia na nossa capacidade de criar os nossos filhos tem feito e faz muito dano às mães que sim, teriam coragem e quereriam tentá-lo. Mas quase ninguém tem referências, nem conhece casos que a estimulem a tentá-lo.

Em esta entrevista, uma mãe de três filhas –duas delas gêmeas- quebra todos os tabus da melhor forma possível: relatando a sua experiência. Tenho certeza de que vai ajudar a muitas mulheres em casos similares, e inclusive servira para abrir as nossas mentes, porque aquilo que para muitas pessoas seria uma “loucura”, para ela –uma mulher normal- é o mais natural, é a sua rotina diária e, simplesmente, é como as coisas têm saído naturalmente.

(Traducção de MamaÉ da entrevista original em espanhol, também realizada por MamaÉ)

Que conhecimentos de aleitamento materno você tinha quando ficou grávida das suas duas filhas mais velhas?

Eu tinha me informado através de revistas e, sobre tudo, pela Internet.

Ninguém ao meu redor tinha amamentado por mais de dois meses, e eu não conhecia nenhuma pessoa que soubesse sobre este tema. As pessoas ao meu redor só se baseavam em falsos mitos. Era uma coisa que eu sempre pensei que gostaria de fazer, eu tinha certeza que o aleitamento materno era o melhor.

Você pensou que amamentaria as gêmeas? Tinha confiança na sua capacidade para amamentar duas crianças ao mesmo tempo e de forma exclusiva?

Quando eu soube que estava grávida, procurei informação sobre aleitamento e os começos do mesmo. Mas quando eu soube que se tratava de uma gravidez múltipla, depois de passar vários dias surpresa comecei procurar tudo o que eu podia sobre amamentação em partos múltiplos, ler experiências de outras pessoas. Eu queria saber quais eram os problemas mais comuns no começo da amamentação e as suas possíveis causas e soluções, porque eu já imaginava que, chegada a hora, eu não ia ter muito tempo para procurar informação.

Uma vez com as meninas no colo, como foi para você a experiência da amamentação?

No começo tudo era novo. Eu não tinha experiência e surgiam muitas duvidas, mas eu tinha a idéia clara de que eu queria amamentar as duas.

Você teve alguma dificuldade para amamentar as gêmeas? Nesse caso, como você conseguiu resolvê-la?

Nos primeiros dias uma das duas não pegava bem o bico, e como não tive ajuda e nem informação no hospital, acabei dando mamadeira para ela. Uma vez em casa, pedi para o meu marido comprar uma bombinha para tirar leite, e umas conchas, para ver se ela pegava melhor o peito assim. Aos poucos eu fui tentando dar o peito sem as conchas e finalmente acabei por não usá-las mais, porque não precisava mais delas.

Como eram as mamadas com elas?


Com o traveseiro de aleitamento
Era muito cansativo, porque cada mamada durava mais ou menos 45 minutos. Primeiro eu colocava uma menina, depois a outra... e sem perceber já era a hora da outra mamar. Aos cinco ou seis dias depois do parto, numa manhã as duas meninas choravam ao mesmo tempo e com a ajuda do meu marido e uma almofada de aleitamento, conseguimos colocar as duas ao mesmo tempo no meu peito. Bendito dia!! Desde aquela vez, eu coloquei as duas desse jeito praticamente para todas as mamadas. Dessa forma elas se sincronizaram um pouco e começamos andar menos cansados.

Depois eu consegui achar uma forma de posicionar as duas sem ajuda... Às vezes só uma resmungava, mas mesmo assim eu colocava as duas, porque sabia que dali a pouco a outra iria pedir para mamar.

O que você responderia para quem pensa que amamentar gêmeos é uma maluquice, uma complicação?

Eu tenho encontrado com muitas pessoas que falam essas coisas, que me chamam de louca por ter tentado, que isso é muito desgastante para mim. Mas eu acho, sinceramente, que se tratando de ter um bebê, tudo é desgastante no início, né?
Porém, eu acho que poder amamentá-las, em qualquer momento e lugar, sem ter que me preocupar por lavar, esterilizar, preparar mamadeiras, aquecer água e ter que ir carregada de todo tipo de utensílios, realmente é muito mais confortável e prático.

Como você se virava fora de casa se elas queriam mamar?


Com almofadas fora de casa
Claro que, com duas bebês, sair à rua era muito cansativo e eu sempre tentava dar de mamar para elas antes de sair, e tentava voltar pra casa antes da próxima mamada, e assim poder colocar as duas ao mesmo tempo. Mas se eu percebia que não iria conseguir chegar em casa ou na casa de alguma conhecida, então eu dava de mamar primeiro para uma, e depois para outra, antes que elas começassem chorar.

No começo eu tinha a sensação de que sair à rua era uma verdadeira odisséia, mas depois as coisas ficaram mais fáceis, pois você vai pegando a “manha” com a situação e os imprevistos.

As meninas foram crescendo... o que você destacaria do aleitamento depois, quando elas já comiam outros alimentos, caminhavam, falavam?

Eu, no começo, era como muitas, que pensava em só tentar amamentar, não tinha me colocado uma meta específica, a idéia era “até quando eu puder”. As meninas foram crescendo e continuavam mamando, e eu comecei procurar informação sobre aleitamento prolongado, experiências. Também entrei em contato com uma associação de aleitamento da minha cidade (ABAM: Associació Balear d´Alletament Matern).

Elas mamavam, já começavam se colocar em meu peito sozinhas, pediam com gestos, depois com palavras. Sinceramente, é uma experiência maravilhosa!! Porém, eu recebia muitas críticas e suportava comentários a respeito dessa atitude. Graças a Deus eu tinha certeza do que fazia e contava com o apoio do meu marido, para quem eu ia explicando todas as informações e experiências ao respeito que eu ia encontrando.


ABAM, informações da internet, o seu marido... Mais algum apoio ou fonte de informação?

Eu achei a lista de LLL (La Liga de La Leche), que foi um grande apoio e me ajudou muito. Comecei contatar outras mães que tinham filhos da mesma idade ou maiores que as minhas gêmeas, e continuavam mamando. O fato de estar em contato com mais mães na mesma situação te faz sentir que você não é um “ET”, que é uma coisa normal, e ajuda muito para poder continuar, apesar dos comentários de pessoas conhecidas e de outras que eu encontrei.

Amamentando gêmeas durante a seguinte gravidez


Quando você decidiu ficar grávida de novo, qual era a idade das gêmeas?

Elas tinham mais de 3 anos, e fizeram os 4 anos apenas uns dias depois do parto.

Você pensou em algum momento desmamá-las ao ficar grávida?

De jeito nenhum. Para mim está claro que essa seria uma decisão delas.

Em muitos casos, as mães que continuam amamentando durante uma gravidez posterior relatam que os seus filhos já não mamam tanto, e inclusive muitos se desmamam. Como foi o aleitamento delas nesta fase?


Pois é, eu sempre ouvia isso, mas no nosso caso não foi assim. Elas seguiram mamando, mesmo sentindo que já não saia tanto leito quanto antes. Eu perguntei varias vezes para elas se saia leite, e elas falavam que sim, mas eu já sabia que era só colostro, pois durante o segundo semestre isso acontece, o corpo vai se preparando para o novo bebê. Outras vezes eu perguntava sobre o gosto do leite, mas elas falavam que só variava a quantidade, mas não o gosto.

Ainda assim, eu as mamadas foram mais curtas, porque eu tinha algumas dores nos mamilos.

Então, você teve dor nos mamilos? Algum outro incomodo como contrações prematuras?

Dor sim, desde o primeiro momento. De fato, isso foi o que me fez perceber que eu estava grávida de novo. E as dores ficaram na gravidez inteira, principalmente no começo das mamadas, depois ia ficando menos doloroso, até chegar desaparecer.

Quanto às contrações, eu as notei desde o começo da gravidez, mas acredito que não fossem pelo aleitamento, já que na minha primeira gravidez eu também as notava, e acredito que em outras gestações as coisas ficam mais perceptíveis do que antes, já que você está mais consciente de tudo.

De fato, a minha terceira filha nasceu quase na 42ª semana, em absoluto foi prematura.

Alguém, médico ou não, te orientou a deixar de amamentar durante a gravidez? Se sim, por que você não deixou? Com que informação ou apoio profissional ou pessoal você contava?

O médico não me disse nada, porque eu nem falei para ele. Eu estava tranqüila e bem informada. A parteira do meu centro de saúde também sabia, mas não falou nada, porque uns meses antes ela tinha feito um curso de aleitamento para profissionais, no qual eu também participei, e já sabia que não é contra-indicado em uma gravidez normal e sem risco. Antes desse curso, ela indicava o desmame às grávidas.

Eu estava bem informada tanto pela Associação de Aleitamento, pela LLL, pela experiência de outras mães e pela minha participação em congressos sobre amamentação, além de tudo o que eu já tinha lido na internet.

Você preparou às meninas de alguma forma para a chegada da irmãzinha e a necessidade de que compartilharem o peito da mamãe com ela?

Sim, claro. Desde o começo eu tentei integrá-las a evolução da gravidez, e fazê-las compreender que o bebê só pode comer mamando no peito, e como elas já comem outras coisas, teriam que compartilhar e até dar prioridade ao bebê na hora de mamar.

E chegou a bebê: dois peitos, três bocas...

Como foi a chegada da sua terceira filha? Como foi o começo do aleitamento?


A chegada da nossa terceira filha foi muito especial. Ela nasceu em casa, com as minhas filhas presentes, pelo que elas têm vivido todo de forma muito direta. O parto foi na água. Por causa da água quente e os sangramentos, eu sai da água e fui para a minha cama. Aí ela pegou o peito imediatamente, sem problema nenhum.


Como você se sentiu ao ter de novo uma recém nascida mamando no peito?

Foi maravilhoso. Além de tudo, eu já não tinha medos, nem dúvidas sobre o aleitamento materno. De fato, com as minhas gêmeas tínhamos em casa mamadeiras caso elas “ficassem com fome”. Desta vez não, eu estava tão informada e segura que nenhuma mamadeira entrou em casa, porque agora eu sei que não preciso delas.

Você experimentou algum tipo de sentimento contraditório ao dar de mamar à bebê e, ao mesmo tempo, às duas maiores?

Sentimento eu acho que não. Mas é verdade que em alguns momentos de muito cansaço me dá um pouco de preguiça e preferiria que elas não mamassem. Mas elas só mamam na hora de dormir e quando acordam, então não é tão duro. Algumas noites, quando elas têm que ir dormir e coincide com o momento em que a pequena tem fome ou sono, não posso acompanhá-las e fico com a menor. Aos poucos vão levando melhor toda situação.

Duas mamas, três filhas… Como você se organiza com as três para mamar?

Hehehehe, eu penso nisso muitas vezes: dois peitos e três bocas. Ai se eu tivesse uma terceira mama!!

Eu vou me organizando segundo a coisa vai surgindo. Às vezes primeiro a pequena e depois elas duas, e outra, enquanto a pequena esta mamando, as grandes vão se intercalando no outro peito. Inclusive eu tinha a idéia de doar leite ao banco de leite materno da minha cidade, mas por enquanto não posso por falta de tempo (não de leite!!).

Pergunta imprescindível: você tem leite suficiente para as três meninas? Como você consegue que não falte alimento para a pequena?

O peito produz tanto leito quanto seja demandado a ele, não é? Então, é claro que eu tenho leite suficiente.

De fato eu já tenho comprovado que, como os especialistas dizem, o leite não acaba nunca (como uma amiga diz, “o leite é infinito”). Às vezes a pequena está um tempinho resmungando porque não sai leite, ou sai muito pouco, mas depois de um tempinho sugando, sai de novo e ela volta a mamar com força. Isso fica mais evidente com as maiores, já que elas mesmas têm explicado isso para mim, que às vezes não sai mais, e depois de um pouco sai de novo, e elas mesmas ficam estranhadas e explicam para mim.

Mas voltando à possível falta de alimento da pequena... A melhor prova é ver que ela, só com dois meses, já pesava 6,710 kg, e todas as pessoas ficam impressionadas do fato de que ela esteja assim só mamando no peito. Por tanto é evidente, não falta alimento para ela.

De novo pergunto para você... Algum profissional tem falado para você para desmamar as grandes para priorizar a pequena? O que você opina ao respeito?

Ninguém tem falado para mim disso, mas porque eu nunca falei sobre o tema. No meu centro de saúde, tanto o pediatra quanto a enfermeira, não são pró-aleitamento materno.

Com as gêmeas eu tive que escutar várias besteiras da boca deles, principalmente sobre o aleitamento prolongado, por esse motivo prefiro não falar com eles deste tema, porque eu já sei o que iriam me dizer, pela pouca informação que eles têm sobre aleitamento materno. Considero incrível que a AEP (Associação Espanhola de Pediatria) indique umas coisas, e que muitos pediatras digam o contrário.

Você acha que o fato de não ter desmamado as maiores têm ajudado em parte na hora da chegada da bebê?

Na realidade, não sei o que dizer. Eu tenho lido que as mães que já têm um bebê enquanto amamentam outro maior, o pequeno geralmente ganha peso de forma mais rápida. Em nosso caso, é exatamente o que esta acontecendo. Aparte disso, também ajuda em quanto ao fato de eu ter vivido esta experiência, que tão poucas pessoas vivem.

E você, como você leva este aleitamento em tri-tandem (três filhos amamentados ao mesmo tempo), tanto física quanto emocionalmente?

Eu o levo bem, como já falei. As maiores basicamente mamam só na hora de dormir e ao acordar. Se demandarem ao longo do dia, depende de como eu me sinta, elas tomam um pouco, o senão eu peço para elas esperarem até a gente ir dormir.

É verdade que tem momentos muito cansativos. Com cansaço e sem vontade, muitas vezes elas parecem compreender. Outras vezes, se elas estão cansadas e com sono, tudo pode virar uma “bomba”, mas ao final vamos saindo bem as quatro.

Nesta altura, você já deve ser toda uma especialista em aleitamento materno

Hehehehe... Pois é, imagino que sou, sim.

Sempre que eu posso tento ajudar as minhas conhecidas com bebês, e me coloco à disposição se elas precisam de ajuda. Mas às vezes, elas não me pedem ajuda quando estão precisando .. acabam me contando depois, quando o problema já passou , e muitas recorrem às mamadeiras, coisa que me entristece, já que a maioria de vezes isso acontece por falta de informação e por não pedir ajuda na hora certa, e principalmente pela falta de confiança em si mesmas.

Também, de forma pontual em ABAM, ajudo a mulheres grávidas de gêmeos, explico a minha experiência com as minhas gêmeas.

Imagino que terão existido e existem momentos duros ou de cansaço, com que apoios você conta em essas horas?

Existem, sim. Nestes casos eu sempre tive o apoio do meu marido, que tem sido fundamental. Obrigada “papi”.
E, como não, tenho minhas amigas e outras mães por perto, através da internet criamos um bonito grupo (VLT: Vila La Teta), e apoiamos umas às outras em momentos de necessidade. Obrigada Tribo!

Até quando você pretende continuar amamentando as suas três filhas?

Não tenho um limite marcado. O tempo elas decidem. Mas eu sei que eu vou ter que continuar agüentando comentários desagradáveis de muitas pessoas. Não é que eu me importe muito com isso, já que estou acostumada a ignorá-los, eu sei que é fruto da ignorância sobre amamentação, mas me preocupa, sim, que possam dizer alguma coisa às meninas diretamente, e que isso possa influenciá-las de alguma forma.

No dia de hoje, qual é o seu sentimento relativo à sua experiência com a amamentação?

Acredito que é a melhor experiência da minha vida. Muitas vezes desgastante, mas que não mudaria por nada. Tomara que todas as mães do mundo pudessem desfrutá-lo. Sem dúvida, parir as minhas filhas e podê-las alimentar com meu leite... Eu acho que agora sei que este é o sentido da minha vida!

(Obrigada a Renata Olah pela supervisão da tradução ao português!!)

Entrevista de Elena de Regoyos para MamaÉ
Proibida a reprodução sem autorização
 
Talvez também te interesse...
 
 






 






 
 
 
 

"Dos pechos y tres bocas... ¡ójala tuviera una tercera teta!" / Entrevista a una mamá que amamanta a sus gemelas y a su tercera hija en tritandem

(Para lêr a entrevista íntegra em português, faça click aqui)

Muchas veces las madres que amamantan se ven cuestionadas (incluso por profesionales de la salud) sobre si "tendrán leche suficiente", o si "dan el pecho durante demasiado tiempo". También algunos mal informados consideran una aberración amamantar a un hijo estando embarazada del siguiente, o más aún: amamantar a dos hijos en tándem (uno más mayor y el bebé que llegó después). Muy poca gente, también, se atreve a intentar una lactancia exclusiva cuando tiene hijos gemelos (¿desinformación, desconfianza, pereza o presión social?). Lamentablemente esta falta de confianza propia y ajena en nuestra capacidad de criar a nuestros hijos ha hecho y hace mucho daño a las madres que sí, se atreverían y querrían intentarlo. Pero la mayoría ni tiene referencias, ni conoce casos que le aliente a intentarlo.

En esta entrevista, una mamá de tres niñas -dos de ellas gemelas- se encarga de romper todos estos tabúes de la mejor forma que se puede hacer: contándonos su experiencia. Estoy segura de que ayudará a muchas mujeres en casos similares, e incluso servirá para abrir más nuestras mentes, porque lo que para muchos es o sería una "locura", una "osadía", para ella -una mujer normal y corriente- es lo más natural, su rutina diaria y simplemente, es cómo las cosas le han ido saliendo.

¿Qué conocimientos de lactancia tenías cuando te quedaste embarazada de tus dos hijas mayores?

Había buscado información en revistas, y sobretodo por internet.

Nadie de mi entorno había dado más de un par de meses el pecho, y no conocía a nadie cercano que supiese sobre el tema....mi entorno era todo basado en los falsos mitos.Y era algo que siempre había pensado que me gustaría, tenía claro que la lactancia era lo mejor.

¿Pensabas que amamantarías a las gemelas? ¿Confiabas en tu capacidad para amamantar a dos niñas a la vez y de forma exclusiva?

Al saber que estaba embarazada, busqué información sobre lactancia y los comienzos. Cuando me enteré que era un embarazo múltiple, después de pasar varios días de sorpresa/incertidumbre, empecé a buscar todo lo que podía sobre lactancia con múltiples, a leer experiencias. Quería saber cuales eran los típicos problemas con el comienzo de la lactancia y sus posibles causas y soluciones, porque ya me imaginaba que llegado el momento no tendría tiempo de buscar información por internet.

Una vez con las niñas en brazos, ¿cómo te resultó la experiencia de la lactancia?

Al principio, todo era nuevo y yo sin experiencia y con muchas dudas, pero yo tenía muy claro que quería darles el pecho a las dos.

¿Tuviste alguna dificultad para amamantar a las gemelas? En ese caso... ¿cómo lograste resolverlo?

Los primeros días, una de las dos no cogía bien el pezón, y ante la falta de ayuda en el hospital les dimos algún biberón.

Al llegar a casa, envié a mi marido a comprar un sacaleches y unas pezoneras. El sacaleches, para la que no se agarraba bien y así poder darle mi leche, y las pezoneras, para ver si así se agarraba mejor, y resultó que así le iba mejor agarrarse, y poco a poco intentaba tomas sin pezoneras, y al final pues ya no hacían falta, ya se agarraba bien.

¿Cómo eran las tomas?

Con el cojín de lactancia
Resultaba agotador, porque estaban alrededor de unos 45 minutos mamando cada una. Primero ponía a una, luego a la otra....y sin darme cuenta tocaba la siguiente toma. A los 5 ó 6 días de nacer, una mañana lloraban las dos a la vez, y con ayuda de mi marido, y un cogín de lactancia, las pusimos las dos a la vez, y bendito día!!! desde ese momento, prácticamente todas las tomas (exceptuando alguna) las ponía a las dos a la vez, y de esa forma se sincronizaron un poco, y empezamos a ir un poco más descansados.
Y ya busqué la forma de ponérmelas y quitarlas yo sóla para todas las tomas.

¿Cómo te organizabas con las dos niñas para darles de mamar?

Bueno, como he contado antes, lo mejor fue que hiciesen las tomas a la vez. A veces, sólo remugaba una, pero igualmente las ponía a las dos, porque sabía que en cuestión de poco rato, la otra iba a pedir.

¿Qué le dirías a quien piensa que amamantar a gemelos es una locura, una complicación?

Me he encontrado a mucha gente que me ha dicho eso, y que me decía que "era una loca" al intentarlo, que eso era algo agotador, porque nadie puede ayudarte en las tomas.
Sinceramente, claro que resulta agotador, pero teniendo bebés, todos los comienzos son agotadores. Sin embargo, yo pienso que el poderles dar el pecho, en cualquier momento, en cualquier sitio, sin tener que preocuparme de lavar, preparar biberones, calentar agua, y tener que ir cargando con más trastos, eso es lo cómodo.

¿Cómo hacías para salir a la calle con ellas, si querían mamar?


Amamantando a las gemelas con almohadones


Claro que con dos bebés, el salir a la calle resultaba agotador, siempre intentaba darles el pecho antes de salir, y miraba que para la siguiente toma estar ya en casa, o en casa de alguien para poder colocarme con las dos a la vez. Pero si veía que no iba poder ser, pues antes de que se pusiesen a llorar, le daba a una el pecho dónde estuviese, y luego a la otra.
Al principio tenía la sensación que era una odisea el salir a la calle, pero después te das cuenta que sólo es al principio, después ya te manejas mejor con la situación y los imprevistos y poco a poco las tomas se van espaciando más.



Las niñas fueron creciendo... ¿Qué destacarías de la lactancia después, cuando ellas ya comían otros alimentos, caminaban, hablaban?

Yo al principio, era cómo muchas, que decía que lo iba a intentar, pero la verdad que no me marqué un tiempo de lactancia, la idea era hasta que pueda.
Las niñas iban creciendo, y seguían tomando, y empecé a buscar información sobre lactancia prolongada, experiencias y también entré en contacto con una asociación de lactancia de mi ciudad (ABAM: Associació Balear d´Alletament Matern).

Ellas tomaban, ya empezaban a colocarse ellas solas, a pedir con gestos, luego con palabras, y la verdad que es una experiencia maravillosa!!!

¿La gente lo entendía?


A pesar de empezar a tener mucha gente en contra, y tener que soportar comentarios al respecto, por suerte yo estaba segura y tenía el apoyo de mi marido, al cuál le iba explicando todas las informaciones y experiencias al respecto que encontraba.

Encontré el foro de LLL, que resultó un gran apoyo y de mucha ayuda. Y empecé a contactar con muchas madres que tenían hijos de la misma edad que mis gemelas o mayores, y que seguían lactando. El poder estar en contacto con más madres en la misma situación, te deja ver que no "era un caso raro", que es algo normal, y te ayuda a poder seguir a pesar de los comentarios de los conocidos.

Amamantando a gemelas durante el siguiente embarazo

Cuando decidiste ir a por un segundo embarazo, ¿qué edad tenían las gemelas?

Al quedarme embarazada, mis hijas gemelas tenían algo más de 3 años. Y cumplieron los 4, unos días después del parto.

¿Te planteaste destetarlas al quedarte embarazada?

Para nada, tengo claro que quiero que sea decisión de ellas.

En muchos casos las madres que continuan amamantando durante un siguiente embarazo cuentan que sus hijos ya no maman tanto, e incluso muchos se destetan, ¿cómo fue la lactancia de las niñas en esta fase?

Si, siempre he oído eso, pero en nuestro caso no ha sido así.
Ellas han seguido con su mismo ritmo, se notaba que ya no salía lo mismo que antes. Yo les pregunté varias veces si salía leche, y ellas me decían que sí, aunque yo ya sabía que sólo era calostro, y otras veces les preguntaba por el sabor....y para ellas sólo ha variado la cantidad.

¿Y tú? ¿Tuviste molestias mientras ellas mamaban durante tu embarazo, como dolor en los pezones, o contracciones prematuras?

Si, desde el primer momento, tuve molestias en los pezones, de hecho, ésto fue lo que me hizo darme cuenta que estaba embarazada. Por ese motivo intentaba que fuesen tomas cortas.

Y las tuve todo el embarazo, sobretodo los primeros minutos de la toma, luego bajaba la molestia y/o desaparecía.

Desde el principio del embarazo noté también contracciones, pero no creo que fuese por la lactancia, en el anterior embarazo también las noté. Y creo que en segundos embarazos notas todas las cosas más pronto y eres consciente de todo.

De hecho en éste embarazo, el parto fue casi en la semana 42, así que nada prematuro.

¿Alguien, médico o no, te aconsejó dejar de dar de mamar durante el embarazo? De ser así... ¿por qué no lo hiciste? ¿Con qué información o apoyo profesional o personal contabas?

El médico no me dijo nada, porque ni siquiera se lo comenté. Yo estaba tranquila y bien informada. La matrona de mi centro de salud sí lo sabía y no me dijo nada al respecto, porque precisamente hacía unos meses había hecho un curso de lactancia para profesionales (yo hice éste curso y lo hice con ella), antes de éste curso, si que aconsejaba el destete a las embarazadas.

Yo estaba bien informada, por la asociación de lactancia, por LLL, la experiencia de otras madres y por mi asistencia a congresos sobre lactancia, a parte de todo lo que había leido por internet.

¿Preparaste a las niñas de alguna forma para la llegada de la hermanita y la necesidad de que compartieran el pecho de mamá con ella?

Sí, claro. Desde el principio intenté involucrarlas en toda la evolución del embarazo, y hacerles entender, que el bebé sólo puede tomar teta, y ellas, ya comen otras cosas, por lo que tenían que compartir, y en caso necesario, primero le tocaba a la bebé.

Y llegó la bebé, tres bocas, dos pechos...

¿Cómo fue la llegada de tu tercera hija? ¿Cuál fue su comienzo con la lactancia?

La llegada de nuestra tercera hija, fue muy especial. Fue un parto en casa, con mis hijas presentes, por lo que lo han vivido todo de forma muy directa. El parto fue en el agua, así que, por el tema del agua caliente/sangrados, me fuí a mi cama, y allí se agarró al momento, sin ningún problema.

¿Cómo te sentiste al tener de nuevo una recién nacida al pecho?

Algo maravilloso. Además ahora no tenía miedos ni dudas sobre lactancia, estaba muy segura de mi misma, y de hecho, con mis gemelas teníamos en casa biberones por si acaso había problemas o se quedaban con hambre. Ésta vez, estaba tan informada y segura, que ni un sólo biberón en casa, se que no me hacen falta.

¿Has experimentado algún tipo de sentimiento encontrado al dar de mamar a la bebé y, al mismo tiempo, a las dos mayores?

Sentimiento encontrado, así tal cuál no. Si es cierto que en algunos momentos de agotamiento, me da un poco de pereza, y preferiría que no tomaran, pero ellas sólo toman al acostarse y al levantarse, por lo que se lleva bien. Aunque algunas noches, cuando se tienen que ir a dormir y coincide que la pequeña tiene hambre o sueño, no la puedo soltar y no me puedo poner con ellas, pero poco a poco eso lo van llevando mejor.

Dos pechos, tres niñas... ¿Cómo te has organizado y te organizas con las tres niñas a la hora de darles de mamar?

Las mayores se turnan
Jejeje, eso he pensado muchas veces: dos pechos y tres bocas, ¡¡¡ojalá tuviera una tercera teta!!!
Pues me voy organizando según como va surgiendo, a veces primero la pequeña y luego ellas dos, y otras mientras está la pequeña, las mayores se van turnando en la otra teta. Incluso tenía la idea de poder donar leche al banco de leche materna de mi ciudad, pero de momento no lo hago, por falta de tiempo.

Pregunta imprescindible: ¿Tienes leche suficiente para tres niñas? ¿Cómo te aseguras de que a la pequeña no le falte alimento?

El pecho produce lo que se demanda, ¿no? Entonces, claro que tengo leche suficiente.
De hecho ya he podido comprobar que, como dicen los expertos, la leche no se acaba nunca. Como hace poco dijo una conocida, la leche es "infinita": a veces, la pequeña está un rato remugando porque no sale, o sale muy poca leche, y después de un rato, vuelve a salir y vuelve a tragar con fuerza. Y es más evidente con las grandes, que ellas mismas me han explicado, que a veces no sale nada, y luego vuelve a salir leche, y ellas se quedan extrañadas, explicándome.

Y de hecho, mejor prueba que ver a mi pequeña, que a los 2 meses pesaba 6.710kg, y toda la gente se queda alucinada que esté así sólo con el pecho. Así que queda evidente, que no le falta alimento.

De nuevo... ¿algún profesional te ha dicho que no debes dar de mamar a las mayores para priorizar a la pequeña? ¿Qué opinas al respecto?

No me han dicho nada de eso, pero porque yo no he sacado el tema. Porque en mi centro de salud, tanto el pediatra como la enfermera, no son pro-lactancia.

Con las gemelas tuve que oir auténticas barbaridades de ellos, por el tema de la lactancia prolongada, así que con ellos prefiero no hablar de éste tema, porque ya se lo que me van a decir, y lo poco informados que están con la lactancia. Me parece increíble que la AEP recomiende unas cosas, y que muchos pediatras te digan lo contrario.

¿Crees que ha ayudado en algo el no haber dejado de amamantar a las mayores cuando ha llegado la bebé?

Pues la verdad que no sabría que decir. He leído que las madres que tienen un bebé mientras lactan a otro mayor, el pequeño suele coger peso de forma más rápida, y en éste caso, ésto es lo que nos está pasando.
A parte claro, de haber vivido ésta experiencia, que tan poca gente vive.

¿Y tú cómo llevas esta lactancia en "tri-tandem", física y emocionalmente?

Lo llevo bien, como he dicho, las mayores básicamente toman al acostarse y al levantarse. Si surge demanda a lo largo del día, pues depende como me encuentre, toman un poco, o sino les digo que esperen a irnos a la cama.

Es cierto que hay momentos muy agotadores. Con cansancio y sin ganas, muchas veces ellas parece que lo entienden, otras veces si ellas también están cansadas y son sueño, puede ser una "bomba", pero al final lo vamos llevando bien las cuatro.

A estas alturas, serás toda una experta en lactancia...

Jejejeje, pues supongo que sí.

Siempre que puedo intento ayudar a mis conocidas con bebés, y me pongo a su disposición si necesitan ayuda, pero es cierto, que muchas veces, no me piden ayuda al momento de necesitarla, sino que me comentan el problema cuando ya ha pasado, y muchas ya han recurrido a biberones, cosa que muchas veces me entristece, pues la mayoría de veces es por desinformación y por no pedir ayuda al momento, y sobretodo falta de confianza en ellas mismas.

Y de forma puntual, en ABAM, a mujeres embarazadas de gemelos/mellizos, les explico mi experiencia con mis gemelas.

Supongo que habrá habido y hay momentos duros o de cansancio, ¿con qué apoyos has contado y cuentas?

Sí, claro.

En éstos casos, siempre he tenido el apoyo de mi marido, que ha sido fundamental. ¡Gracias papi!
Y cómo no, a mis amigas y madres, que a través de internet hemos creado un bonito grupo (VLT: Viva La Teta), y nos apoyamos unas a otras en momentos de necesidad. ¡Gracias Tribu!

¿Hasta cuándo piensas continuar amamantándolas, tanto a las mayores como a tu hija pequeña?

Pues no me he marcado un límite. Lo que el tiempo y ellas decidan.
Aunque sé que voy a tener que seguir aguantando comentarios desagradables de mucha gente. Que no es que me importen demasiado, te acostumbras a ignorarlos, sabes que es fruto de la ignorancia sobre lactancia, pero lo que me preocupa es que les digan las cosas a ellas directamente, y les pueda afectar de alguna forma.

A día de hoy, ¿cuál es tu sentimiento en lo relativo a tu experiencia con la lactancia?


Creo que ha sido la mejor experiencia de mi vida. Muchas veces agotadora, pero no lo cambiaría por nada.
Ojalá todas las madres del mundo pudieran disfrutarlo.

Pero sin duda, al dar a luz a mis hijas y poderlas alimentar con lactancia materna, ¡creo que me he dado cuenta que éste es el sentido de mi vida!

(Esta mamá, además de una experta en lactancia, es una artista de regalos creativos y artesanales para bebés recién nacidos, hechos con pañales. Podéis ver su trabajo en su web: Babytarta).


Entrevista realizada por:
Elena de Regoyos
(19) 9391 4134

viernes, 15 de julio de 2011

Um dos melhores vídeos denuncia em prol do parto humanizado

Simplesmente ótimo!! Como sempre os Monty Python. Em esta ocasião, em prol do parto humanizado. Impresionante o maravilhosamente bem que reproduzem, com grossa ironia, o pretendido e exclusivo protagonismo da classe médica, e a importáncia suprema da instrumentalização. E a mãe? E o bebê?

Não é esse aí um dos melhores vídeos denuncia que vocês viram até hoje em este sentido?

sábado, 9 de julio de 2011

Francisca Fernández, fundadora da associação 'El Parto es Nuestro': "Parir em casa, hoje em dia, é uma opção segura"

Meninas, quanta felicidade e empolgação, que eu quero compartilhar com todas vocês!! Nem lembrava de ter escrito isso já, faz nem sei quantos anos... Eu então eu estava grávida do Adriano, que nasceria em casa uns meses depois.

Hoje andava eu aí pelo facebook quando vejo essa matéria na Asociação "El Parto es Nuestro", entro para lê-la e imaginem a minha surpresa quando vejo a minha asinatura lá encima!! Nem lembrava já!!

Vocês precissam de tradução ou serve assim mesmo?

Francisca Fernández, fundadora de la Asociación El Parto es Nuestro

«El parto en casa, hoy por hoy, es una opción segura»

Periodista Digital
Por Elena de Regoyos
Jueves, 11 de enero 2007

Cuando se habla de parto natural, no medicalizado, sin epidural y demás, o incluso de parto en casa, a muchas españolas se le ponen los pelos de punta, pensando que se quiere volver a la era prehistórica. Lo que no saben, como informa una de las fundadoras de la Asociación El Parto es Nuestro, es que parir en casa supone, hoy por hoy, el mismo riesgo de mortalidad infantil y materna que en los hospitales, que sólo el 10% de las intervenciones rutinarias que se realizan durante el parto en hospitales están respaldadas por la evidencia científica y que la cesárea supone un riesgo de muerte para la madre seis veces superior al del parto normal, por lo que hay de practicarla estrictamente cuando sea necesaria, y no superando, con mucho, la tasa máxima de cesáreas que recomienda la OMS (se aconseja no superar el 10-15%, y en España hay centros donde se llegan a practicar el 50%).

¿Cuándo surge y por qué El Parto Es Nuestro?

En el año 2001, dos mujeres que habían pasado por dos cesáreas cada una se preguntaban públicamente en Internet por que, estando sanas y con embarazos normales, habían tenido que pasar por una cirugía mayor abdominal para tener a sus hijos. Ellas crearon un foro de Internet llamado "apoyocesareas", al que fuimos llegando otras mujeres con muchas preguntas y mucho dolor por como habíamos sido tratadas durante el parto.El grupo fue creciendo y después de leer cientos de testimonios nos decidimos a crear la asociación El Parto Es Nuestro. Ahora tenemos unas 2.500 personas suscritas a nuestros foros y la página web recibe 30.000 visitas mensuales. Hay grupos de el parto es nuestro en Andalucía, Galicia, Cataluña, Asturias, valencia y próximamente Aragón.

¿Qué se defiende exactamente desde su asociación?

Reivindicamos una mejor atención al parto y la lactancia materna, un trato mas respetuoso hacia mujeres y niños, que la mujer y la familia seamos los protagonistas, que se respeten las recomendaciones de la OMS, que las mujeres tengamos información suficiente y podamos decidir como queremos parir, que dejemos de ser un mero objeto pasivo de intervenciones rutinarias que no solo no son necesarias sino que son perjudiciales para el buen fin del parto y la salud de madres e hijos.

¿Se defiende el parto natural, o sin medical izar, a toda costa?

Nosotras no defendemos ningún tipo de parto, defendemos que la mujer sepa en que consisten las intervenciones habituales, para que pueda elegirlas o rechazarlas. Reivindicamos que las españolas disfruten de las mismas opciones que tienen las mujeres de los países europeos mas avanzados y que las sufrague al seguridad social. Reivindicamos un parto mas seguro y mas respetuoso, que solo se hagan cesáreas cuando sea necesario y que siempre que sea necesario, se hagan a tiempo y bien. Es cierto que muchas de nosotras, después de haber sufrido un parto hospitalario y llevar años investigando los pros y los contras de los distintos modos de atención, hemos optado por el parto natural porque nos ha parecido lo más sano. Pero es una opción personal, como asociación no defendemos ningún tipo de parto, defendemos que cada mujer para como quiera, algo increíblemente difícil hoy en día en España.

¿Es cierto que el parto en casa, aunque con ayuda profesional, pone en riesgo la vida de la madre y el bebé?

El parto en casa, hoy por hoy, es una opción segura. Hay multitud de estudios que lo confirman. Las tasas de mortalidad infantil y materna son iguales que las de los hospitales, pero en casa las mujeres sufren menos intervenciones como episiotomías, fórceps o cesáreas y están mas satisfechas con la atención. Los únicos requisitos son que sea atendido por un profesional competente y no concurran circunstancias de riesgo.

¿Cuáles son las prácticas más perjudiciales que se llevan a cabo habitualmente en España a la hora de dar a luz?

Yo diría que la peor es privar a la mujer de información y poder de decisión. Las mujeres van al parto sin saber que les van a hacer y por qué, cuales son las indicaciones de cada intervención, sus efectos adversos y las alternativas de que disponen. Las mujeres no saben la cantidad de cosas que ellas mismas pueden hacer para facilitar su parto.

Sólo el 10% de las intervenciones rutinarias que se realizan durante el parto están respaldadas por la evidencia científica. El resto, el 90%, solo obedecen al prejuicio, la ignorancia o intereses ajenos a la salud de madres y bebes. Por ejemplo, no debe ponerse a la mujer tumbada sobre la espalda, la mujer debe ser libre de elegir la postura que desee, la episiotomía de rutina (cortar los músculos y piel que hay entre el ano y la vagina con una tijera) causa lesiones en el suelo pélvico y no sirve en absoluto para prevenir desgarros. Es mas, es peor que un desgarro espontáneo.

Poner oxitocina sintética (una hormona para acelerar el parto) provoca más dolor a la mujer y puede causar sufrimiento fetal. No debería usarse sin una indicación médica valida. Ponerla de rutina significa que no hay tal indicación, se hace por conveniencia de los asistentes, a pesar de los perjuicios que pueda causar a la madre o el niño. Si por culpa de esta droga hay que hacer unos fórceps o una cesárea (por ejemplo, porque ha habido hipertonía y sufrimiento fetal), a los ginecólogos no les importa mucho, pues siempre que la situación no se les vaya de las manos por completo no tienen en cuenta el coste físico y emocional para la madre y el niño. Podría seguir enumerando casi todas las rutinas hospitalarias, como no dar agua o comidas ligeras a las mujeres que lo pidan, romperles la bolsa de las aguas, afeitarlas, etc.

¿Qué recomienda la OMS para el buen desarrollo de un parto?

Pues todo lo contrario a lo que acabo de enumerar: que la mujer sea protagonista, que tenga libertad de movimientos, que tenga apoyo emocional constante e intimidad, que no se haga la episiotomía de rutina, que no se rompa la bolsa de rutina, que no se ponga oxitocina porque sí...

¿Por qué el resto de países europeos han hecho suyas las recomendaciones de la OMS -en mayor o menor medida-, y España no hace caso de ellas?

Porque las mujeres lo exigieron. Las europeas nos sacan veinte anos de ventaja en muchas cosas, y una de ellas es el poder sobre nuestros cuerpos y nuestra salud. El modelo actual de atención al embarazo y el parto es producto de una mentalidad machista y misógina muy antigua, transmitida a los residentes de obstetricia por sus profesores y mentores, a veces sin ser conscientes de ello. El mismo retraso con el que las españolas hemos logrado la libertad e igualdad en otros ámbitos de la vida lo tenemos respecto a nuestra autonomía como usuarias de los servicios de salud.

España es mucho más machista y sexista que países con Inglaterra o Suecia, y eso se refleja también en el parto. Pero las españolas que estamos dando a luz ahora, con mas o menos treinta y tantos anos, que trabajamos y nos creemos muy autónomas y muy liberadas, no lo sabemos. Pensamos que el machismo y el sexismo es cosa de nuestras madres y abuelas, que a nosotras no nos toca. Y mira por donde, llegas al parto y se te cae la venda de los ojos: cualquiera entra por la puerta del paritorio sin llamar y mete las manos en tu vagina sin presentarse ni pedirte permiso. Te llaman bonita y cielo (en el mejor de los casos) como si fueras una tonta, no te informan de nada y deciden por ti y por tu pareja como va a ser el primer encuentro con el ser que has llevado en tu vientre durante nueve meses.

De repente, tu cuerpo deja de ser ese lugar seguro que solía y eres tratada como una bomba a punto de estallar de la que hay que rescatar al niño cuanto antes. El medico es el protagonista, el factotum, tú el sombrero de donde el mago (él) saca el conejito.

¿Están informadas las mujeres españolas de los derechos que tienen al ser atendidas en un parto?

Como te decía antes, las mujeres no saben nada de las rutinas hospitalarias, mucho menos de sus derechos como usuarias. Si alguna pregunta, se le dice que todo lo que se hace es por su bien y que debe colaborar, que no hay que pasarse de listas. Eso es todo. En la preparación al parto no se mencionan los derechos de las mujeres, es un amaestramiento, no una preparación. Creen y se les hace creer que cuando entran en un hospital pierden el poder de decisión sobre sus vidas, que deben acatar los protocolos sin rechistar.

¿Cuáles son los derechos de las mujeres y los bebés que más se violan en los hospitales y/o maternidades españolas?

El derecho a recibir información veraz que capacite a la mujer para tomar decisiones informadas, el derecho a la intimidad personal y familiar, el derecho a conocer la finalidad, beneficios, perjuicios y alternativas de cada intervención y elegir entre las alternativas disponibles. El derecho a negarse a las intervenciones que consideren inadecuadas sin ser castigadas por ello desatendiendo su cuidado o presionándolas para que acepten el alta "voluntaria" (voluntaria entre comillas, claro, como en la mili).

¿Se puede reclamar o denunciar de alguna forma si te sientes víctima del sistema establecido, en este sentido?

Sí, y recomiendo a todas las afectadas hacerlo. Lamentablemente, y aunque ginecología y obstetricia es la especialidad medica por la que mas demandas se interponen, las mujeres reclamamos poco.

¿Qué media de cesáreas se practican en España, y cuántas recomienda, como máximo la OMS?

En España se practica en torno al 22-24% de cesáreas en la sanidad publica y un 30% aproximadamente en la privada, aunque hay centros cuya tasa es del 50%. La OMS aconseja que no se supere una tasa del 10-15%.

¿A qué se debe este elevado número de cesáreas en España?

A que los partos normales son dirigidos por ginecólogos, que son expertos en patologías del aparato genito urinario femenino, no en el parto normal, en detrimento de las matronas. La especialidad de obstetricia es una especialidad quirúrgica. Es muy útil cuando hay complicaciones, pero usarla para controlar todos los partos significa convertir lo normal en patológico. Ven problemas donde no los hay. Ya no saben reconducir desviaciones con métodos sencillos, todo lo resuelven de forma muy agresiva, con cirugía.

Otro motivo es la comodidad y la medicina defensiva: una cesárea se realiza en 40 minutos, un parto normal puede durar dos días. Muchos ginecólogos trabajan por la mañana en la pública y por la tarde en la privada, y claro, ese ritmo es incompatible con los partos normales, hay que acabarlos “como sea”. Ese “como sea” se llama oxitocina sintética, cesáreas, episiotomías y fórceps.

Las comadronas, que eran las verdaderas expertas en el parto normal y que en otros países tienen un alto reconocimiento social, aquí fueron convertidas en meras asistentas de los médicos, que se apropiaron de un ámbito que antes pertenecía a las mujeres y las matronas. Hay que rehabilitar la profesión de comadrona y devolverle su verdadero significado de experta y profesional capaz. Una comadrona que trabaje conforme a los principios tradicionales de su oficio (no todas lo hacen) sabe resolver dificultades con medidas sencillas que no causan daño a la madre y detectar desviaciones de la normalidad que requieran la intervención de un medico (¡cuando es necesario de verdad!).

La sumisión e ignorancia de las mujeres también provoca muchas cesáreas. Nos han contado muchas mentiras, como que la epidural es una conquista feminista, que con la cesárea los niños nacen más bonitos y no te duele nada. Que no enterarse de nada en el parto es un ideal a conseguir, que sentir el parto es de tontas y de hippies. Se soslaya interesadamente el hecho de que la cesárea supone un riesgo de muerte para la madre seis veces superior al del parto normal y que los bebes sufren mas problemas respiratorios y son ingresados con mas frecuencia en unidades de cuidados neonatales.

Mucha gente se toma la cesárea a broma, como si fuera igual que hacerse un piercing. Como se la han hecho a la Beckham, pues debe ser lo mas “modenno”. Pero no es ninguna broma: tienes seis veces más posibilidades de morirte que si pares y no tiene ninguna gracia tener a tu hijo en una incubadora en vez de tenerle en tus brazos.

¿De 0 a 100, dónde estaría España en una valoración de su atención al parto?

40.

martes, 5 de julio de 2011

Por quê nos contos infantis os bebês não mamam no peito?


Meus filhos mamaram no meu peito, um deles nasceu em casa, eu dormia e durmo às vezes com eles na cama, nunca os obriguei a “terminar toda a comida do prato” nem forcei a retirada da fralda, esperando um controle dos esfíncteres natural deles, e não forçado por uma data pré-marcada socialmente. Mas nada disso aparecia refletido nos continhos que eu encontrava nas livrarias infantis. Só crianças na mamadeira que nasciam graças à intervenção de um médico e que tinham que aprender dormir sozinhas e blábláblá, a mesma estória de sempre...

Por este motivo me decidi a escrever dois contos infantis nos quais aparecessem refletidos os nossos jeitos, nossas formas de fazer as coisas. Contos nos quais as crianças talvez dormissem com os pais, mamassem no peito da mãe e aprendessem que um parto é uma coisa natural, e não uma questão médica.

Normalizando outra forma de fazer as coisas

Não pretendo dizer qual é a única forma válida de fazer as coisas, pretendo aportar diversidade, quebrar tabus e mostrar que têm outras formas de criar... Porque às vezes tenho a impressão de que, quem fazemos este tipo de coisas (parto em casa, aleitamento prolongado, co-leito, etc), temos que permanecer na sombra por medo às críticas ou juízos sociais. Acredito que dormir na cama dos pais não é a única forma “correta” de uma criança dormir, assim como com o resto dos temas. Todas as formas são as corretas sempre que sejam feitas dentro do respeito às crianças e a nós mesmos.

Mas creio, sim, que temos um árduo trabalho de normalização de segundo que costumes, que não faz tantos anos eram as comuns e habituais, e que em questão de menos de um século, ficaram demonizadas socialmente... O motivo? Porque acostumarmos as crianças a não atrapalharem os nossos ritmos de adultos da sociedade capitalista atual resulta muito mais prático para não interferir os níveis de produção empresarial. Isso não somos nós quem o instituímos, claro, nos vemos já imersos na roda, convenientemente “ilustrados” com argumentos culpabilizadores no caso de querer fazer as coisas da forma em que o nosso instinto nos peça:

- “Não durma com ele que pode interferir na futura sexualidade do seu filho” (isso falaram para mim, sim).

-“Se continua amamentando ele, nunca vai conseguir que seja independente” (as psicólogas de escolinha têm uma debilidade imensa por este tipo de comentários).

-“Ainda com fralda? Não quer comer fruta? Só quer colo? Ele esta te manipulando!!” (já sabem, essa obsessão pelas crianças-tiranas-manipuladoras).

Os contos de MamaÉ

Bom, para quem esteja interessada em mostrar para os seus filhos outras realidades, talvez a sua própria... Ponho a sua disposição estes dois contos maravilhosos com ilustrações de duas artistas. Tomara que vocês e os seus filhos gostem!



Como entrou a irmãzinha na barriga?

Elena de Regoyos / Daniela Magnabosco

Como entrou a irmãzinha na sua barriga, mamãe? Quando ela vai sair? E como? Poderá tomar teta, como eu tomo? Onde ela vai dormir?

Todo um mundo de questionamentos perante a cada vez maior barriga da mamãe e o que isso significa.


Eu também sou um mamífero

Elena de Regoyos / Ana Grasset
Com um olhar só ao mundo animal, observamos que eles gestam, parem, amamentam, protegem e, inclusive, carregam as suas crias naturalmente. É o que o seu instinto indica para eles, e assim eles o fazem.

Nós, humanos, temos a oportunidade de exercer de mamíferos com as nossas crias. É o que somos. É do que eles precisam. Façamo-lo!!